Cynthia Ribeiro - presidência da República - A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, participou nesta quarta-feira (12) da inauguração da Usina Hidrelétrica Mauá. O empreendimento, construído no rio Tibagi, entre os municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira, no Paraná, recebeu investimentos da ordem de R$ 1,4 bilhão e tem potência instalada de 361 megawatts (MW) e 197,7 MW médios de energia limpa e renovável assegurada – o suficiente para atender cerca de um milhão de pessoas.
“Estar aqui, no nosso estado, no momento em que inauguramos uma obra de tanta relevância para o desenvolvimento do interior do Paraná é uma alegria para mim”, disse Gleisi. Participaram também da inauguração o governador do Paraná, Beto Richa; o secretário Executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Pereira Zimmermann; o superintendente Geral do Consórcio Energético Cruzeiro do Sul, Sergio Luiz Lamy; entre outras autoridades.
O empreendimento faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e gerou, com a obra, seis mil postos de trabalho, entre empregos diretos e indiretos. O projeto de construção também contemplou programas voltados não apenas para a mitigação dos impactos do projeto, mas também para potencializar seus benefícios.
Para se ter uma ideia, foram desenvolvidos 34 programas socioambientais, dentro do Projeto Básico Ambiental (PBA), num repasse de R$ 300 milhões. Entre as ações, destaque para o monitoramento das condições climatológicas, recuperação de áreas degradadas, conservação da fauna e da flora e apoio à população migrante.
Do total do aporte na Usina Hidrelétrica Mauá, R$ 352 milhões são provenientes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e R$ 352 milhões do Banco do Brasil, via financiamento. Já o restante - R$ 749 milhões – foi investido pelo Consórcio Energético Cruzeiro do Sul, formado pela Companhia Paranaense de Energia (Copel) e pela Eletrosul Centrais Elétricas, que detêm 51% e 49% de participação, respectivamente.
“Energia é fundamental para a vida das pessoas para o desenvolvimento do país. Por isso, a presidenta Dilma Rousseff investe e se dedica tanto a este tema”, destacou a ministra. “Lamento imensamente que meu estado, o Paraná, esteja fora deste esforço nacional para baixar a conta de luz, devolver ao povo o que lhe pertence e contribuir para a competitividade da economia brasileira”, disse Gleisi ao lembrar que o Congresso Nacional estendeu o prazo de adesão à Medida Provisória 579. Durante o discurso, ela também fez um apelo para que o Paraná “participe deste esforço, pelo bem do povo brasileiro e paranaense”.
Investimentos federais
A ministra-chefe da Casa Civil divulgou durante o evento os investimentos do governo federal no estado. Somente por meio do PAC, estão em andamento mais de 1,8 mil empreendimentos. O aporte total previsto ultrapassa R$ 26 bilhões. Para projetos voltados para energia, o investimento é de R$ 8 bilhões – recursos direcionados para as áreas de geração e transmissão de energia elétrica, petróleo e gás.
“Estão sendo licitadas neste momento obras da maior importância para diferentes regiões do nosso estado, como as Usinas Hidrelétricas de Baixo Iguaçu, localizada entre Capanema e Capitão Leônidas Marques, de Cachoeirinha e São João, ambas entre Clevelândia e Honório Serpa. Aqui mesmo para Telêmaco Borba, encontra-se em ação preparatória mais uma hidrelétrica, que vai ter capacidade da ordem de 120 MW”, anunciou a ministra.
Por meio do Programa Luz Para Todos, o estado já foi contemplado com mais de R$ 13 milhões desde o início do governo Dilma Rousseff. Os recursos beneficiaram cerca de 4,5 mil pessoas. Segundo Gleisi Hoffmann, até 2014, milhares de outras famílias paranaenses vão poder ter acesso à energia elétrica, com a liberação de mais R$ 28 milhões.
“Os dados mostram que tem havido uma evolução constante nas transferências de recursos da União para o Paraná. É interessante notar, por exemplo, que, de 2004 a 2011, esses repasses tiveram um aumento de mais de 124%. O governo federal tem direcionado recursos ao estado nas mais diversas áreas, como educação, saúde, ciência e tecnologia, programas sociais e empreendimentos de infraestrutura”, concluiu.
Cynthia Ribeiro
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