A reestruturação da malha aérea da empresa Gol, em todo o Brasil, garantiu dois novos voos diários para Foz do Iguaçu, ligando o Aeroporto Internacional Cataratas a Guarulhos, em São Paulo, e ao Galeão, no Rio de Janeiro. Os novos voos entram em operação no sábado, dia 23.
O novo voo da Gol para o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, sai de Foz do Iguaçu às 12h45, com retorno às 23h40; para o aeroporto do Galeão, no Rio, a saída de Foz é às 10h10, com retorno às 22h.
Com as novas ligações, Foz passa a ter 22 voos, nove dos quais sob responsabilidade da própria Gol. Antes da crise no setor aéreo, o aeroporto recebia 27 voos.
Dos sete voos extintos, quatro eram feitos pela WebJet, incorporada pela Gol; um pela Trip, incorporada pela Azul; um pela própria Gol; e o último pela empresa aérea uruguaia Pluna, que abriu falência.
Otimismo
A superintendente da Infraero em Foz do Iguaçu, Maria Socorro Pinheiro, está otimista com a possibilidade de ampliar o número de voos, ainda este ano. “Com a ajuda do ‘trade’, nós vamos conseguir”, afirma.
O superintendente de Comunicação Social da Itaipu e presidente do Fundo Iguaçu, Gilmar Piolla, diz que o momento vivido pela aviação aérea é delicado, já que a fase é de fusões e incorporações justamente para aumentar a rentabilidade. “As companhias aéreas estão reduzindo a oferta de assentos e aumentando os preços para se readequarem econômica e financeiramente”, diz.
E completa: “Nós entendemos isso, mas ao mesmo tempo sabemos que o turismo no Destino Iguaçu depende da oferta de mais voos, atendendo mais localidades. Por isso, estamos preparando um plano de expansão de voos, que em momento oportuno iremos apresentar às companhias aéreas, para estabelecer novas parcerias”.
Piolla lembra que, com a incorporação da WebJet pela Gol, foram extintos quatro voos, inclusive as ligações diretas com Belo Horizonte e Brasília, dois mercados importantes. Com a incorporação da Trip pela Azul, perdeu-se o voo para Londrina, no interior do Paraná. Já a falência da empresa aérea uruguaia Pluna eliminou a ligação entre Foz do Iguaçu e Santiago, no Chile, e Montevidéu, no Uruguai.
O secretário municipal de Turismo, Jaime Nascimento, diz que o encerramento das operações da WebJet “trouxe um impacto muito grande, que foi percebido imediatamente em Foz do Iguaçu”. Os novos voos da Gol atenuam parte da perda, afirma, mas é preciso “batalhar por mais assentos”.
Nascimento lembra que, em reunião com o “trade” local, foi definido que o Fundo Iguaçu e o Iguassu Convention & Visitors Bureau irão desenvolver estudos para captar novos voos, monitorando todo o setor em busca de opções.
De olho no mercado
Os municípios do interior de São Paulo, do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul são considerados fundamentais tanto por Nascimento quanto por Piolla para incrementar o turismo no Destino Iguaçu. O secretário lembra, ainda, que mesmo para ir ou voltar da capital catarinense, Florianópolis, é preciso fazer escala em São Paulo. Isso também acontece com Porto Alegre.
“Precisamos estar atentos a essas deficiências da malha aérea, para que possamos melhorar a acessibilidade ao nosso destino”, conclui o secretário.
Gilmar Piolla diz que, nesse monitoramento, a questão da Pluna está sendo acompanhada de perto, para saber que decisão o governo uruguaio tomará em relação àquela companhia aérea. Se for adquirida por outra companhia, “nós vamos negociar a volta dos voos a Foz”, diz.
A Itaipu
A Itaipu Binacional é a maior usina de geração de energia limpa e renovável do planeta e foi responsável, em 2012, pelo abastecimento de 17,3% de toda a energia consumida pelo Brasil e de 72,5% do Paraguai. Em 2012, superou o próprio recorde mundial de produção e estabeleceu a marca de 98.287.128 megawatts-hora (98,2 milhões de MWh). Desde 2003, Itaipu tem como missão empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico, sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.