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Artigo: MOBILIZAÇÃO NACIONAL
  Data/Hora: 13.jul.2013 - 8h 56 - Categoria: Brasil  
 
 
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Por Cleber Affonso Angeluci – O movimento que tomou as ruas do Brasil neste junho de 2013 não tem um único mote e não tem uma liderança. Ao contrário, trata-se da junção de anseios e desejos represados por um considerável período que ganhou apoio a partir da repressão desproporcional por parte do Estado, quando um pequeno (porém coeso) grupo reivindicara seus direitos – o Movimento Passe Livre – que saiu às ruas protestando contra o aumento em R$ 0,20 da tarifa de ônibus.

 

Numa reunião de vontades nunca antes vista, todos que de alguma forma haviam engolido caladamente alguns desmandos e despropósitos ocorridos em nossa jovem democracia, se uniram num movimento sem precedentes, principalmente do ponto de vista da (des)organização. Não parece haver nenhuma entidade e nenhum interesse unívoco por trás dessa mobilização, muito pelo contrário: há o facilitador de discussões do espaço público chamado internet que, através das redes sociais, está transformando a maneira de participação política.

 

 

O sentir de outrora, as reivindicações individuais e muitas vezes hilárias, passou a ter uma ressonância magnética e frenética num chamado “vem pra rua, Brasil!” que, contagiando um considerável número de brasileiros, passou a assombrar os horizontes daqueles que até então mantinham certo “controle político”.

 

 

Fica claro que não há liderança por trás do movimento, assim como parece ficar claro que não há fantasmas contra os quais se volta o grito de ordem das ruas. A PEC-37, chamada PEC da Impunidade, eleita primeiramente como um vilão, foi defenestrada – mas aqui cabe o parêntese de que tanto a oportunidade quanto à conveniência levaram sua rejeição, não por acaso o Ministério Público já se organizava contra a proposta de Emenda à Constituição.

 

 

A falta de hospitais, médicos, o alto gasto com os estádios da Copa do Mundo e a corrupção parecem dar o tom dos anseios. É preciso, porém, não se deixar iludir neste momento em que se está a caminho da conquista de emancipação: a fraternidade que uniu as pessoas num tom uníssono não pode ser maquiada por alternativas falaciosas propostas por “salvadores da pátria”, a exemplo da sugestão tipicamente tupiniquim de um “processo constituinte” para a reforma política.

 

 

Não são as instituições que carecem de mudanças, assim como não é a Constituição Federal ou o ordenamento jurídico. O que este movimento está deixando transparecer com clareza está no intuito único de ligação entre as pessoas: um movimento solidário, contagiante e propositivo no sentido de uma verdadeira participação da polis. O que se quer não é o mudar pelo mudar, não se pode cair na emboscada que se tenta armar indicando um ou dois problemas e pretensamente buscar a resolução através de plebiscito ou reformas vazias. Disso os brasileiros já estão cansados e insatisfeitos, é o que demonstra toda essa movimentação nacional.

 

 

É preciso recear, respeitar e acima de tudo perceber que a mobilização e a mudança se fazem através da conexão ou, por outras palavras, é preciso estar conectado e se preparar para um novo Brasil, um Brasil que desperta do seu “berço esplêndido” e que se apercebe ser cada um de nós, brasileiros, o verdadeiro Brasil que se quer. É nisto que se precisa acreditar: na capacidade e disposição de cada um em se conectar ao outro e aos tantos outros para que a diferença seja feita. Não se pode deixar a conexão cair! Pra frente Brasil, num só coração!

 

 

Cleber Affonso Angeluci: Professor do Curso de Direito da UFMS – Câmpus de Três Lagoas. E-mail: cleberangeluci@gmail.com

 
 

 

 

 
 
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