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Embora essa questão Brasil-Bolívia esteja longe do fim, é preciso “situar” quem é quem no episódio nada diplomático.
  Data/Hora: 28.ago.2013 - 8h 53 - Categoria: Brasil  
 
 
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E que não pode atingir Brasil e Bolívia. Só os protagonistas da FUGA devem ser responsabilizados.

Fonte: Tribuna da Imprensa - Helio Fernandes - São muitos os personagens pessoais (além de dois países) nesse caso que envolve tanta gente importante. Assim, é necessário examinar a participação de cada um. O que vou fazer por ordem de entrada em cena.

 

SENADOR (DA BOLÍVIA)
ROGER PINTO MOLINA

Tudo começou com ele. Processado pelo governo da Bolívia, em mais de 20 processos e já condenado em um por corrupção, entrou no edifício onde fica a Embaixada do Brasil, em 28 de maio de 2012, pediu asilo. Em 8 de junho do mesmo 2012 o governo brasileiro decide conceder o asilo, com base na Constituição brasileira.

 

A Bolívia, diretamente pelo presidente Evo Morales, protestou, o Brasil não levou em consideração. Em mais de 450 dias, nada foi feito, a Bolívia insistindo em não conceder o salvo-conduto, o Brasil deixando que ele ficasse na Embaixada. Sem tentar um acordo, possível e aconselhável, não teria havido a fuga tão estranha e inexplicável, mas cheia de “patrocinadores”.

 

EDUARDO SABOIA, UM
DIPLOMATA BRASILEIRO

Faccioso, fastidioso e fantasioso, entra em cena. Encarregado de Negócios, age com total desenvoltura. Começa revelando um fato que aconteceu realmente, mas não podia ser contado publicamente: “Estou como Encarregado de Negócios, respondendo pela Embaixada, porque EVO MORALES EXIGIU DO BRASIL A TRANSFERÊNCIA DO EMBAIXADOR, mandado para a Suécia”.

 

Foi o artífice de quase tudo, abertamente, fora os que agiram, mas não ostensivamente, e também serão examinados. O senador fugiu, como se sabe, em dois carros oficiais, com a placa do Brasil, tudo providenciado. E com fatos silenciosos e silenciados, até agora, mas estridentes e até retumbantes.

 

CUMPRINDO O PLANEJADO
COM O SENADOR FERRAÇO

Eduardo Saboia telefonou na véspera da fuga, para o senador Ferraço, presidente da Comissão de Relações Exteriores. Este agiu logo, e por notável coincidência, sendo do Espírito Santo e trabalhando em Brasília, “estava em Mato Grosso do Sul, na fronteira”, assim que o fugitivo chegou.

 

(Como já contei, falou antes com Renan Calheiros, que não se comprometeu, mas era mais um a saber antes do fato ser consumado. E quem acredita que um senador como Renan, que adora “blasonar”, que palavra, iria ficar calado, não contaria, “em sigilo”, para alguém?)

 

O TELEFONEMA PARA
CELSO AMORIM, MAQUIAVÉLICO

Diplomata há quase 25 anos, conhece bem o Itamaraty. Sabia que o ex-chanceler e agora ministro da Defesa, e o então ministro Patriota, são inimigos e não é de hoje. Como no projeto de fuga estavam dois policiais federais (por que razão?), decidiu comunicar o fato ao ministro da Defesa.

 

Ora, apenas dois policiais federais, por que revelar tudo ao ministro da Defesa? Se queria “autorização”, por que não falou com o ministro da Justiça, a quem os policiais federais são subordinados? Elementar,  precisava envolver o ex-chanceler na sonata e fuga.

 

UM DIPLOMATA
FALASTRÃO

Corto para o encarregado de Negócios, já no Brasil, depois da fuga (o desenrolar dela será contado quando aparecer cada personagem, na ordem em que surgem), e as diversas e contraditórias versões.

 

1 – Ainda no aeroporto: “Salvei um ser humano, que PENSAVA até em suicídio”. Como ele conhecia o pensamento do preso que não recebia visitas?

 

2 – “O que me comoveu e me motivou foi SALVAR um PERSEGUIDO, como foi PERSEGUIDA no passado a nossa presidente”. Um diplomata, com vocação para voluntário da Cruz Vermelha. Mas não parou por aí, entrou pelo caminho da ameaça e da intimidação.

 

TENTANDO BLEFAR PARA
A COMISSÃO DE SINDICÂNCIA

Não acreditava que fosse haver sindicância. Logo que ela foi criada, mudou de tom: “Sei que vão tentar jogar toda a culpa em cima de mim, mas pratiquei apenas um ato humanitário”. E nessa linha espantosa, a confissão: “OUVI A VOZ DE DEUS”.

 

Tendo sido chamado ao Itamaraty, “sentindo” o clima e o espanto com tudo o que praticou, foi ainda mais estarrecedor, incluindo a ele mesmo nas mais diversas infrações criminais e antidiplomáticas: “Sei me defender muito bem, tenho documentos extraordinários, que poderei revelar”.

 

E reafirmando, mas também mostrando o próprio medo: “Não me atingirão, voltarei para o meu cargo na Bolívia”. (Não sei e ninguém sabe em quanto tempo, mas o futuro de Eduardo Saboia será desvendado pela Comissão de Sindicância.)

 

CELSO AMORIM, BOM
ARTICULADOR DE SI MESMO

Foi um dos mais longos ministros do Exterior. Nada brilhante, mas bom articulador de si mesmo. Tinha a proteção do presidente Lula, até a última viagem, quando na véspera, sem aviso, foi cortado da delegação, Lula colocou Mantega em seu lugar.

 

Logo seria demitido, nem deveria ter feito a “carreira” que fez, pois há dezenas de anos, no início, foi envolvido em escândalos tremendos como presidente da Embrafilme.

 

Um sortista completo, Amorim saiu do ostracismo para ser ministro da Defesa. Nem acreditou quando foi nomeado. E agora, tranquilo, o diplomata da fuga coloca seu nome na aventura, o ex-chanceler passa a interlocutor e intermediário da própria Dona Dilma.

 

PATRIOTA, EX-CHANCELER,
SABE TUDO SOBRE A ONU

É respeitado no Itamaraty, da geração dele mesmo, do embaixador Figueiredo (seu substituto), do embaixador Roberto Azevedo, que foi eleito para a OMC (Organização Mundial do Comércio), e outros que também se destacam.

 

Patriota não recebeu “compensação” por ter deixado o cargo. Tendo sido embaixador do Brasil em Washington e ministro do Exterior, seria péssimo “jogá-lo” num lugar qualquer. Não foi bom ministro, mas sabe tudo sobre a ONU, seu novo posto,

 

DONA DILMA FICOU
SABENDO COMO?

Ainda não é certo quando ela soube do fato espantoso. No sábado, quando começou? Assim que a “comitiva” com o fugitivo chegou a Corumbá? Falam que Celso Amorim telefonou contando. Que era o que o encarregado de Negócios queria.

 

Também dizem que soube diretamente por um telefonema do senador Renan. Este, tendo sabido do fato como mostrei, acompanhou o caso, facílimo com os meios de que dispõe. “Concretizado tudo, contou para Dona Dilma, falou como se fala entre parceiros: Você me deve uma”.

 

O INTRANSIGENTE
EVO MORALES

Tudo começa e termina com ele. Foi intransigente com o senador asilado. Embora este não seja personagem para ser citado, podia ter conversado com o ministro Patriota ou até com Dona Dilma. É impossível JUSTIFICAR esse fato inacreditável: um fugitivo, sem vigilância externa, percorrer 1,6 mil quilômetros de território da Bolívia, em carro oficial do Brasil (três carros, dois com placa oficial) sem que despertasse a menor suspeita, perseguição ou uma parada para verificação?

 

Um criminoso ou apenas um perseguido, vá lá, faz tudo isso e percorre um trajeto enorme, volta para o Brasil na maior tranquilidade? Quem vai acreditar nisso? O que ainda não se sabe com segurança: autoridades da Bolívia (até mesmo do Ministério do Exterior) teriam sabido com antecedência do que aconteceria. FICARAM EM SILÊNCIO. Os fatos confirmam a versão. Razoável e possível, dentro do “carteado” chamado de diplomacia.

 

“TUDO NOS UNE,
NADA NOS SEPARA

Embora a frase seja do presidente da Argentina, Saens Peña (grande figura), em 1922, quando veio ao Brasil para o centenário da Independência, pode servir também para identificar as relações Brasil-Bolívia. Em 1957, o Brasil serviu à Bolívia, mas também obteve os objetivos desejados.

 

Nesse ano, a Petrobras praticamente só existia no papel, precisávamos de gás, que a Bolívia tinha em quantidade. Juscelino fez contato com a Bolívia, foram assinados os importantes Acordos de Roboré. JK indicou para cuidar do assunto, Roberto Campos, então presidente do BNDE (Não tinha o S de Social, hoje tem o S, mas continua sem Social).

 

Roberto Campos decidiu que os Estados Unidos deveriam participar do acordo de compra e venda, que era apenas entre Brasil e Bolívia. Eles protestaram, JK decidiu imediatamente: “O acordo é só entre Brasil e Bolívia”. Ótimo para os dois países.

 

E evidente que o caso Roger Pinto tem que ser investigado, não ficar como se não tivesse acontecido nada. Mas por que Brasil e Bolívia têm que ser atingidos de forma preconceituosa e mesquinha? O que não serve aos dois países, ainda se pode conversar e com sucesso.

 
 

 

 

 
 
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