Apresentação que reuniu
mais de 1.600 pessoas marcou o lançamento do quinto CD do coral e teve
participação especial de Guilherme Arantes
Fotos: Rubens Fraulini / Itaipu Binacional - O
Coral de Itaipu fez um espetáculo grandioso na noite desta quarta-feira (12),
no Rafain Palace Hotel, em Foz do Iguaçu. O maior de sua história, segundo o
próprio regente Gil Gonçalves. Mais de 1.600 pessoas se emocionaram e entoaram
juntas as músicas do show “Cantando o Brasil”, que marcou o lançamento do
quinto CD do grupo. No final, o músico Guilherme Arantes interpretou “Planeta
Água”, uma espécie de hino do Coral de Itaipu.
“É o nosso maior show porque marca um grupo
que cresceu muito musicalmente”, resumiu Gil Gonçalves. “São muitos desafios,
com armações musicais mais complexas, que exigiram um grande preparo. Esta
maior complexidade enriqueceu muito o espetáculo”, concluiu.
Os 54
coralistas brasileiros e paraguaios fizeram um verdadeiro passeio pelo Brasil
nas 15 músicas apresentadas no espetáculo. Cantaram de Norte a Sul, da Garota
de Ipanema ao Bicho do Paraná, do Cio da Terra ao Planeta Água. E o público foi
junto. Os músicos foram acompanhados por cinco violeiros da Orquestra Paranaense
de Viola Caipira, de Cascavel.
“O lançamento deste CD é um marco histórico
para o coral. Eles vão explodir com este disco e isso é muito merecedor”, disse
o músico Guilherme Arantes, que fez a quarta apresentação junto com o grupo e
acompanhou sua evolução. “O Coral deixou de ser uma atividade complementar e
virou show bizz. Itaipu está de parabéns, porque soube investir em um trabalho
de longo prazo e hoje colhe estes frutos”.
Para
interpretar diferentes ritmos populares, os artistas cantaram e dançaram a cada
música. Segundo o diretor artístico Reynaldo Puebla, que fez seu terceiro
trabalho com o coral, foram meses de composição e ensaios antes do show.
Argentino radicado há 30 anos no Brasil, Puebla fez pesquisa por várias regiões
do País, conhecendo os ritmos e as curiosidades, para fazer a coreografia do
espetáculo.
“Ficou
sensacional. Do carnaval da Amazônia à música que é um hino do Rio Grande do
Sul. O medley paulista e o carioca. Tudo ficou muito bem ensaiado. Os
coralistas se dedicaram muito ao aprendizado”, contou.
De Norte a Sul
O
show começou no Sul do País. Em “Tocando em Frente”, os coralistas já mostraram
que o espetáculo seria um passeio pelas regiões do Brasil. “Céu, Sol, Sul,
Terra e Cor”, um verdadeiro hino do Rio Grande do Sul, trouxe lenços e chapéus
gaúchos aos homens e a primeira participação de Maryanne Francescon, no
acordeon.
Depois
da noite estrelada no “Medley Sertanejo”, os cantores pegaram o “Trem do
Pantanal” e subiram o país. As músicas conhecidas pelo público fizeram todo
mundo cantar. Principalmente em “Amanheceu, Peguei a Viola”, quando as mulheres
ganharam lenços nos cabelos e colares nos pescoços. Era hora de viajar.
Em
“Cio da Terra”, o cenário foi tomado pelo tom amarelo do trigo e os cantores
simularam a época da colheita. O clarão branco invadiu o palco em “Asa Branca”.
“Bicho do Paraná” arrancou aplausos entusiasmados da plateia. O solista Paulo
Mello emprestou sua voz nas músicas “Cheiro do Mato” e “Disparada”, quando os
coralistas, lá do sertão, vestiram suas máscaras. O show estava quase no fim.
Saias
coloridas e muita dança marcaram a apresentação de “Mistura de Carimbó” e
“Vermelho”. O passeio voltava para o Sudeste do Brasil. Da Saudosa Maloca e
Samba do Arnesto, no Medley Paulista, os coralistas passaram para “Copacabana”,
“Garota de Ipanema”, no Medley Carioca. “Aquele abraço” foi uma espécie de
despedida. Mas teria a última música. O coral precisava voltar para casa.
Guilherme
Arantes compôs “Planeta Água” quando sobrevoou de helicóptero as Cataratas do
Iguaçu e ouviu aquele turbilhão de água. A interpretação da música que é a cara
do Coral de Itaipu marcou um espetáculo triufante.
Vozes da maturidade
Para
o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, o coral é o símbolo de
Itaipu. “Não tem forma melhor de descrever a nossa empresa que o nosso coral”,
afirmou. “São empregados [e assistidos] de 18 a 80 anos, paraguaios e
brasileiros, homens e mulheres que, além do esforço diário que dedicam à
empresa, encontram tempo para a cultura”.
Segundo
o superintendente de Comunicação Social de Itaipu, Gilmar Piolla, os coralistas
se dedicaram meses de ensaios e gravação para produzir o CD Cantando o Brasil.
“São as vozes da maturidade de um coral que chegou à maturidade”, resumiu.
“O Coral de Itaipu é um dos maiores corais de
empresa do Brasil. A estrutura que temos hoje não tem em lugar nenhum”,
defendeu o maestro Gil Gonçalves. “O fator principal para que isso aconteça é o
investimento que a empresa tem na gente, ela nos possibilita tudo que
precisamos”.
Evolução
O
gerente do Departamento de Coordenação de Segurança (SES.AD), Rogério Miranda,
fez parte da primeira turma do coral e chegou a gravar três CDs. “Na época,
ninguém queria nosso CD”, brinca Rogério, “hoje assistimos a um show desta
qualidade e esta qualidade se reflete também no novo CD”, conta.
Quando
Rogério e os primeiros coralistas fizeram o teste para entrar no Coral de
Itaipu, há 18 anos, a pianista Hellen Paula acompanhava no teclado. Hoje,
maestrina em Santa Terezinha de Itaipu, Hellen fez questão de prestigiar a
antiga turma. “O pessoal evoluiu muito. A qualidade vocal é tremenda”.
Fotos:
Rubens Fraulini / Itaipu Binacional
https://discovirtual.itaipu.gov.br/public.php?service=files&t=bdd948803a18e5cfdca6e6159481ac81
A
Itaipu
Com 20 unidades geradoras e 14.000 MW de
potência instalada, a Itaipu Binacional é a maior geradora de energia limpa e
renovável do planeta e foi responsável, em 2013, pelo abastecimento de 17% de
toda a energia consumida pelo Brasil e de 75% do Paraguai. Em 2013, superou o
próprio recorde mundial de produção e estabeleceu a marca de 98.630.035
megawatts-hora (98,63 milhões de MWh). Desde 2003, Itaipu tem como missão
empresarial “gerar energia elétrica de qualidade, com responsabilidade social e
ambiental, impulsionando o desenvolvimento econômico, turístico e tecnológico,
sustentável, no Brasil e no Paraguai”. A empresa tem ainda como visão de futuro
chegar a 2020 como “a geradora de energia limpa e renovável com o melhor
desempenho operativo e as melhores práticas de sustentabilidade do mundo,
impulsionando o desenvolvimento sustentável e a integração regional”.