Em plena crise hídrica em várias partes do país passa completamente em brancas nuvens o fato de os Estados Unidos terem montado uma base militar no Paraguai, próximo da região da Tríplice Fronteira, sob o Aquífero Guarani, um manancial de água que ganhará ainda maior importância ao longo dos anos com o possível aprofundamento da falta de água nos mais diversos rincões nacionais e estrangeiros.
É possível até que alguns leitores perguntem o que tem a ver uma coisa com a outra? A história tem demonstrado ao longo do tempo que aparentes coincidências não são verdadeiramente coincidências, ou melhor, deixam de ser coincidências com o passar do tempo. É preciso, portanto, ficar atento em relação à matéria em questão, até porque, os Estados Unidos, como diz o ditado popular, não pregam prego sem estopa.
Manipulação do clima
Para aumentar as desconfianças, outro fato desperta a atenção de cientistas, mas é totalmente ignorado por estas bandas, ou seja, as denúncias segundo as quais o clima vem sendo manipulado. Este é um tema importante, que merece uma investigação mais aprofundada. Pode ser uma pauta para o desenvolvimento do jornalismo investigativo.
Tanto as denúncias sobre a manipulação do clima, como a existência da base militar estadunidense no Paraguai, ou posto de observação informático, como preferem alguns, não tem despertado a atenção de quase nenhuma mídia e não há cobrança nesse sentido, o que dá margem a vários tipos de especulação, que aumentam de intensidade com a assinatura recente de um acordo militar entre o Brasil e os Estados Unidos quando do recente encontro entre os Presidentes Barack Obama e Dilma Rousseff na Casa Branca.
Grave retrocesso
Enquanto isso, em pleno mês de agosto, a Câmara dos Deputados aprovou quase sem discussões, projeto enviado pelo Governo instituindo uma lei antiterrorista, que tem primordialmente por objetivo reprimir os movimentos populares.
Foi, sem dúvida, um retrocesso que depõe contra a democracia, tão saudada por vários segmentos políticos.
A legislação absurda é absolutamente desnecessária, até porque, segundo analistas, a Justiça e as autoridades já dispõem de um sólido arcabouço legal para a defesa da propriedade privada e do patrimônio do Estado e também para coibir atos violentos.
Então, qual foi mesmo o objetivo central da medida? Não é preciso maiores aprofundamentos do tema para concluir que o Estado quer mesmo atemorizar os setores que se mobilizam e se opõem a algumas medidas que consideram perniciosas à maioria da população brasileira.
Com exceção da bancada do PSOL e de alguns poucos parlamentares do PT, entre os quais, o ex-presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, o restante das bancadas apoiadoras do governo, nele incluídos os setores de esquerda, votou pela aprovação do projeto.
Embora do lado da bancada da direita alguns gatos pingados votaram também contra, simplesmente pelo fato de a proposta ter sido do governo, a maioria absoluta cerrou fileiras a favor.
É o caso de perguntar o motivo pelo qual o governo enviou para o Congresso uma legislação que, vale sempre repetir, atinge basicamente os setores populares que se mobilizam e remete ainda aos anos de trevas que o Brasil atravessou com o advento do Estado ditatorial repressor.
Derrotado segue inconformado
Ainda neste mês de agosto, que caminha para o seu término, os defensores do impeachment seguiram tentando vender o peixe golpista.
O senador Aécio Neves Cunha, que segue ainda inconformado com a derrota eleitoral sofrida em outubro do ano passado, tenta de todas as formas a derrubada do governo Dilma Rousseff, sem ter qualquer fundamento legal.
O parlamentar, que esconde o seu verdadeiro sobrenome, para evitar a lembrança do pai, Aécio Cunha, um golpista de sete costados, eleito deputado federal com o dinheiro da CIA depositado no IBAD (Instituto Brasileiro de Ação Democrática) em 1962, portanto em plena Guerra Fria, quer de todas as formas gerir o Estado brasileiro imediatamente. Não se conforma em aguardar a próxima eleição presidencial de 2018.
Aécio Neves Cunha sabe que naquele ano terá de disputar a indicação com outros pretendentes tucanos como o Governador paulista Geraldo Alckmin e até mesmo o Senador José Serra, prestador de serviços às empresas multinacionais de petróleo, conforme informação captada no site Wikileaks.
Onze anos depois
Outro fato que com o tempo saiu das primeiras páginas e teve omitido algumas informações importantes que poderiam ajudar até a entender melhor o sucedido foi o da prisão do Contra Almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, considerado o pai do programa nuclear brasileiro.
Em abril de 2004, em matéria do jornal O Estado do Paraná, o militar alertava que o Brasil estava “infestado de agentes americanos atentos a todos os movimentos que o País faz para ser mais independente”.
O militar chamava também atenção para o “Brasil tomar muito cuidado com a pressão dos Estados Unidos sobre as suas pesquisas nucleares”.
Agora, mais de 11 anos depois, o militar foi preso de uma forma ilegal pela Polícia Federal. Pela legislação militar, o Contra Almirante só poderia ser preso na presença de outro militar de patente igual ou superior a sua. Nada se divulgou sobre isso. Os jornalões preferiram lembrar que o Contra Almirante inicialmente reagiu à ordem de prisão.
Por estas e muitas outras, tanto a Polícia Federal como o juiz Sérgio Moro que ordenou a prisão do militar, inicialmente por cinco dias e posteriormente por mais tempo, devem ser questionados pelo que aconteceu.
A justificativa foi um suposto recebimento de propina durante a construção da Usina de Angra III. Não se informou à opinião pública que se em vez de servir ao Estado brasileiro como especialista na questão nuclear, o Contra Almirante estivesse vendendo seus conhecimentos no mercado, a uma empresa multinacional, estaria provavelmente recebendo no mínimo 20 vezes mais do que recebe ou mesmo do valor da suposta propina que é acusado por algum delator premiado.
Ah, sim, no meio de toda esta barafunda, segue esperneando o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Ele já avisou que mesmo sendo denunciado em inquérito no STF não pretende deixar a presidência da referida Casa.
Em suma, a partir de agora e diante de todos os fatos mencionados, fica instituído um termômetro para medir a paranoia relativa do ar.
Fim de “festa”
Em tempo: mais um protesto contra o governo Dilma aconteceu em várias cidades brasileiras no último domingo (16). No Rio de Janeiro, alguns gatos pingados (cerca de 200) da classe média do Leblon, Ipanema e parte de Copacabana encerraram a manifestação de forma apelativa. Em frente ao hotel Copacabana Palace cantaram o hino nacional e os organizadores, que durante o protesto ululavam com palavras de ordem pregando o ódio, pediram que fosse rezado um padre nosso.
Os manifestantes que não paravam de aos berros falar em crise, desemprego e que batem panelas vazias quando convocados estavam em sua maior parte almoçando nos restaurantes turísticos da orla. Eram facilmente identificáveis por vestirem a camisa da (honesta) CBF