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CONTROLE SOCIAL: PALAVRA QUE OS GESTORES PÚBLICOS NÃO GOSTAM DE OUVIR
  Data/Hora: 25.jun.2016 - 20h 7 - Colunista: Cultura  
 
 
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Por: Volmer Roberto Tschinkel

 

 

É certo que a falta de participação e apatia política da sociedade cria, sem dúvida, maiores facilidade para a corrupção política e desvio de verbas públicas. Para o gestor mal intencionado, que já entra na política com interesses particulares e partidários, quanto menos participação do cidadão no controle das contas públicas melhor é para atingir seus objetivos.

 

 

                        O Controle Social é um instrumento democrático onde há a participação dos cidadãos no exercício da gestão pública: fiscalização, monitoramento e controle das ações da Administração Pública. É um importante mecanismo de prevenção da corrupção e de fortalecimento da cidadania que contribui para aproximar a sociedade do Estado. Tem por finalidade de não só solucionar problemas, mas também  incentivar cada vez mais os cidadãos a participar  das ações dos governos e cobrarem uma boa gestão pública.

 

 

                    Ciente que vivemos num Estado Democrático de Direito. Esta decisão está impressa no Preâmbulo e no art. 1.º de nossa Constituição Federal (CF), promulgada em 5 de outubro de 1988.Por essa razão, aparecem como fundamentos de nossa República a soberania,a cidadania e a dignidade da pessoa humana, nos incisos I, II e III desse mesmo dispositivo, cujo parágrafo único finaliza, consagrando o princípio da soberania popular: "todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou indiretamente, nos termos desta Constituição".

 

                   Com os afazeres do dia a dia é muito difícil fazer com que os cidadãos possam participar diretamente desse processo de construção de uma sociedade mais democrática, não é uma tarefa fácil, mas é essencial não só para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, como também fazer valer o princípio da soberania popular

 

                 Muito mais difícil ainda em São Miguel do Iguaçu-PR, onde os agentes políticos se insurgem contra o incipiente controle social. É o que se presenciou na sessão extraordinária na câmara municipal do dia 20 de junho de 2016. Em que o seu presidente da Câmara, Edson ferreira, que na condição de ordenador de despesas, foi denunciado por  auferir vantagem indevida para si e para terceiros, por meio da aquisição de produtos e  serviços. Primeiramente exorbitou de seus poderes como presidente da casa ao fazer comentários sobre ao processo que era denunciado antes de passar o comando da sessão ao seu sucessor legal, bem como, teceu comentários, tentando desqualificar o cidadão que fez a denuncia.

 

                Procedimento a ser adotado para o processo de cassação do vereador é aquele descrito no art. 5.º do Decreto-Lei n.º 201 /67, cujo inciso I, prevê que a denúncia escrita da infração poderá ser feita por qualquer eleitor, com a exposição dos fatos e a indicação das provas. Além disso,como ápice do abuso de seu poder de presidente da Câmara  não permitiu a leitura da denuncia como prescreve o inciso II, do mesmo decreto “ de posse da denúncia, o Presidente da Câmara, na primeira sessão, determinará sua leitura e consultará a Câmara sobre o seu recebimento...”

 

               O abuso de poder não foi só para com o eleitor denunciante, mas também com a vereadora Cleonice Maldaner, nega da Aurora, ao não ceder o uso da palavra solicitada pela vereadora como determina o art. 86. V, do Regimento Interno da Câmara de Vereadores.

 

              Não é razoável que autoridade legal que representa o legislativo local e seu substituto legal desconheçam a legislação vigente necessária para comandar uma sessão do legislativo, sobretudo, seu regimento interno. Se  a conhecem,  desobedecem de forma abusiva e intencional.

 

             O processo de aceitação de cassação de qualquer vereador é de natureza ético-política  e não pode ser reduzido a um acerto entre compadres.  No mínimo os representante eleitos pelo povo tem obrigações para com seus eleitores  e com as normas  vigentes no território nacional.

 

           Independente do acerto ou não do voto de cada vereador referente à abertura de casacão do vereador Edson Ferreira, presidente da câmara de Vereadores. Aqueles que votaram pelo arquivamento do processo têm uma missão quase impossível de justificar para os seus eleitores a exposição dos fatos e a indicação das provas constantes da denuncia, tais como:

 

  1. o carro da câmara foi abastecido três vezes durante o mesmo dia, num espaço de tempo de aproximadamente três horas, como se vê dos Empenhos 315041, 315057 e 315144 todos datados de 24 de março de 2014 e dos Empenhos  359542, 359593 e 359948 datados de 17 de junho de 2014;

 

  1. abastecimento pago pela Câmara, em data de 26/04/2013, no veículo de placas MDX-9092, de propriedade da esposa do denunciado, Clarice Ebert Ferreira;

 

 

  1. No mês de julho de 2013 foram pagos nada mais nada menos que 14 lavagens completas no veículo da Câmara, ou seja, a cada dois dias aproximadamente era o veículo lavado completamente;

 

  1. Nos meses de novembro e dezembro do ano de 2013 foram pagos pela câmara10 lavagens com polimento. Já no ano de 2014 foram feitos mais 12 polimentos  e 2 espelhamentos no único veiculo da câmara;

 

  1. No ano de 2013, o denunciado ordenou a aquisição da quantia de 275 kg de açúcar, quantia  muito superior as necessidades da Câmara, que utiliza em média a quantia mensal de 10 Kg. Já no ano de 2014, o gasto com açúcar continuou crescendo e foi adquirida a quantia de 445 Kg. Só no mês de outubro de 2014 foram 125 kg;

 

  1. Na prestação de contas do adiantamento de diárias o denunciado não fez passar a referida prestação de contas pelo diretor do departamento de contabilidade e pelo controle interno da Câmara Municipal, já que não há a assinatura dos respectivos servidores nos documentos que embasam o processo;

 

  1. denunciado enquanto no exercício da presidência do legislativo de São Miguel do Iguaçu concedeu diárias indevidas  a funcionários comissionados, tais quantias foram iguais e superiores a soma dos rendimentos líquidos dos funcionários comissionados, o que evidencia uso indevido desse instrumento legal que são as diárias. O próprio denunciado e os vereadores Francisco Machado Mota, Elton Somavila e Silvio Marcos Murback; utilizaram-se abusivamente de diárias. Situação essa  convertido em Tomada de Contas Extraordinária pelo Tribunal de Contas do Estado.

 

           Independente de os gestores públicos não gostarem do controle social ele está se tornando um instrumento que está cada vez mais presente na nossa sociedade, ainda que de forma incipiente em São Miguel do Iguaçu. Em muitas vezes ocupando o espaço que por previsão constitucional deveria ser dos nossos nobres vereadores. 

 

 

 
Dalvani Klein pq ele não pede a casacão do vereador preso tbem
 
Curtir · Responder · 8 h
João da Silva
 
João da Silva O pedido que ele faz Dalvani, envolve atos de corrupção dentro do Legislativo Municipal de São Miguel do Iguaçu.. E esse vereador que está preso durante o período que esteve naquela Casa de Leis, foi um legítimo representante da população, combatendo os desvios de conduta não só do Executivo, mas também dos seus pares dentro daquela Casa... Ele entrou com dezenas de requerimentos pedindo explicações ao Chefe do Executivo, fez várias denúncias junto a Promotoria Pública, muitas delas que hoje já se transformaram em Ações de Improbidade Administrativa... Na sua gestão como Presidente daquela Casa de Leis, foram feitos dois pedidos de abertura de Uma Comissão Processante para cassar o mandato do atual prefeito por desvio de conduta... Inclusive com um pedido de Cassação do vereador Francisco Machado Motta... Ou seja, ele queria moralizar aquela Casa de Leis... Talvez esteja aí o motivo por que esse cidadão sãomiguelense que está cumprindo com o seu papel de ajudar a fiscalizar o dinheiro público, não o tenha incluído no pedido...
 
 
 

STSÃO CLARAS E CONTUNDENTES AS PROVAS ENVOLVENDO O PRESIDENTE DO LEGISLATIVO.É ABUSIVA A CARA DOS QUE VOTARAM CONTRA A ABERTURA D PROCESSO.MAS A POPULAÇÃO ESTÁ INFORMADA E VAMOS DAR A RESPOSTA A ELES NAS URNAS .SÃO MAIS 3 MESESMAPENAS.É UM PERIODO MUITO CURTO PARA ESQUECER ESSA VERGONHA.

 

Comentários
Raquel Cavalca Presa
 
Raquel Cavalca Presa Não entendo como os nobres vereadores foram maioria na votação contra a abertura de investigação dessa farra de abastacimento cometida por um dos seus. Chega a me enjoar tais atitudes...pq eles deveriam ser os mais interessados em esclarecer o fato.
 
Descurtir · Responder · 5 · 18 h
Valentin Joel Rodrigues
 
Valentin Joel Rodrigues Muito triste quem devia dar exemplo,pois penso que se os pequenos começarem dar exemplo que sabe se não chega até os grandes em Brasília causando inveja neles,mas é só um sonho meu.
 
Descurtir · Responder · 4 · 14 h
 
 

 

 

 
 
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