O país e o mundo impulsionados pela grande mídia vivem e respiram quase que 24 horas por dia o espetáculo grandioso que de quatro em quatro anos as Olimpíadas vêm proporcionando à humanidade.
O que podemos extrair de tudo isto?
Acredito que em primeiro lugar a lição que fica é que as pessoas em si, são seres de primeira grandeza e na sua própria essência são bons por natureza...
O clima, a atmosfera criativa e amorosa que isso proporciona poderá ajudar os nossos governantes, as nossas lideranças espirituais e intelectuais – em especial os nossos professores, os nossos amados mestres, sobre a necessidade urgente, urgentíssima de construirmos uma ponte/educacional/mental unindo a Educação material e a Educação Espiritual.
Por mais boa vontade que exista por parte dos abnegados da educação, da cultura e do esporte, nem tudo tem sido festa. Se por um lado existe uma legião de pessoas defendendo e procurando impulsionar o Espírito Olímpico e incutir nas pessoas valores nobres como a superação, o respeito ao “fair play” e uma busca incessante de união entre todos os povos através de atitudes pautadas na solidariedade e na excelência que o esporte nos proporciona, ainda nos deparamos diariamente com o egocentrismo – com a ignorância do radicalismo extremado...
(Fotos: Prefeitura Municipal de Medianeira) - Atraídos pela sedução do materialismo, os atos de barbárie e vandalismo vêm se multiplicando com uma velocidade avassaladora. Enquanto isso, no LAR – em que os meios de comunicação o transformaram na vitrine do mundo, crianças, jovens e adultos, se perguntam: Onde é que estamos errando?
Como é que em pleno século XXI, com toda essa interação dos meios de comunicação ainda possa existir alguém que possa cometer tais barbáries contra outro SER da mesma espécie?
Ao verificarmos a passagem da Tocha Olímpica na nossa região, por exemplo e vermos a reação de alegria e paz estampadas principalmente na face das crianças, nos faz refletir com mais profundidade sobre a REALIDADE que nos cerca diariamente.
O clima, a atmosfera criativa e amorosa que isso proporciona poderá ajudar os nossos governantes, as nossas lideranças espirituais e intelectuais – em especial os nossos professores, os nossos amados mestres, sobre a necessidade urgente, urgentíssima de construirmos uma ponte/educacional/mental unindo a Educação material e a Educação Espiritual.
Como fazer isso?
Temos que fazer fluir os impulsos perfeitos de Criatividade e Amor e jamais permitir que a sedução ao materialismo, a satisfação de promover-se em detrimento dos demais, como vemos nos dias atuais, continuem promovendo a discórdia entre seres da mesma natureza...
Examinando as imagens da passagem da Tocha pelo município de Medianeira, no último dia 30, depois de passar por mais de 24 Estados, percorrendo mais de 17 mil quilômetros se revezando de mão em mão por dezenas de cidades, me chamou a atenção a alegria, o entusiasmo e a motivação não só dos membros do Comitê Olímpico que fazem parte da Organização, mas também da população, em especial das nossas crianças que foram às ruas para recepcioná-la...
O que podemos extrair de tudo isto?
Acredito que em primeiro lugar a lição que fica é que, as pessoas em si, são seres de primeira grandeza e na sua própria essência são bons por natureza...
Nada melhor para nos aprofundarmos um pouco mais nesta questão, do que dialogarmos mentalmente com Ele, que há mais de 2000 anos, já nos alertava para a necessidade de lutarmos diariamente para superarmos o irresistível desejo de autossatisfasção...
Como assim? Sim!
Muito embora pouco se noticiasse até hoje sobre a sua juventude – através do CONHECIMENTO que Ele nos legou – temos que admitir sim, que foi um dos maiores filósofos, um dos maiores líderes espirituais que o mundo já conheceu.
Esse seu legado é a matéria prima, a argamassa que necessitamos para construirmos essa ponte que irá unir a Educação material à Educação Espiritual, esse fio condutor que nos manterá conectados a Sua Energia Onipresente e Transcendental... Essa mesma energia que encontramos neste olhar de amável discernimento das nossas crianças.
Vejam que mesmo com todo o desemprego, com toda a violência e a recessão econômica que assola o país, a Chama Olímpica foi saudada com alegria e entusiasmo por onde passou. E devemos em grande parte à proeza dessa energia positiva aos nossos estudantes, cujas consciências ainda estão destituídas de maldade. Elas mantém acesa dentro de si, a expectativa de que possamos viver num mundo mais humano, mais fraterno e visceralmente mais justo.
Qual o verdadeiro objetivo da construção desta ponte educacional/mental?
Seu grande objetivo é inspirar na mente e no coração das pessoas a olharem para dentro de si e visualizar no seu interior que já herdamos tudo o que necessitamos para levarmos uma vida profícua e feliz – basta penas sintonizarmos a FONTE do nosso próprio SER: “A Sintonia com a Consciência Divina e o total domínio de si deve ser a razão de viver e a sua única meta. Quando a tiver alcançado, tudo o que sempre desejou será seu – de uma forma nova, transcendente e eterna”, ensina o Mestre.
Esse é o verdadeiro Espírito Olímpico?
- Digamos que sim. Um atleta olímpico que sobe no pódio e conquista uma medalha de ouro é um exemplo vivo de superação e amor ao que faz... Ele não desiste, corre atrás do seu objetivo e procura superar todos os obstáculos para aprimorar o seu preparo físico e conseguir o seu objetivo como bom atleta profissional
Assim como no esporte, na vida diária, se quisermos levar uma vida digna, devemos ter esse comportamento de excelência. Não podemos nos esquecer de que assim como nos comportamos com os outros eventualmente eles se comportarão conosco.
Não podemos nos esquecer de que os nossos pensamentos, palavras e ações de hoje, tomarão forma nos próximos dias, meses ou anos. Às vezes, a semente leva anos para crescer e transformar-se em colheita – mesmo assim, esteja certo que aquilo que fizer hoje voltará para você de uma forma semelhante, ainda que você não reconheça ou perceba a conexão.
Assim como um atleta olímpico corre atrás do lugar mais alto do pódio, respeitando e valorizando a lealdade, a bondade e a generosidade, também devemos nos comportar e nos nutrir na VIDA diária com esses atributos...
E de onde veio todo essa união, contemplação, respeito e valorização ao Espírito Olímpico expressado pelo povo de Medianeira na recepção da Tocha?
Nesta recepção, percebe-se uma forte união entre o esporte, a cultura e a educação. Digamos que a Educação sem o esporte e a Cultura, é como uma sala escura, não tem luz. OU seja, uma depende da outra, assim como a boa letra de uma música depende de uma boa voz para brilhar nos palcos vida – O sucesso dessa recepção foi à união de todos esses elementos.
Essa ponte mental/educacional que me refiro vai muito além desta educação tradicional que dá aos nossos estudantes apenas o conhecimento sobre o mundo externo – essa é a Educação material. Enquanto que a educação/espiritual se preocupa muito mais com a bondade humana, com os valores éticos e morais, fazendo com que as pessoas se tornem mais tolerantes e muito mais integradas ao convívio social de maneira simples e natural.
A cultura e o esporte com todos os seus elementos ajudam a cultivar e a colocar em movimento as nossas ações, os nossos pensamentos e sentimentos. É essa combinação que irá resplandecer como uma verdadeira educação, onde vemos nitidamente os objetivos, as responsabilidades dos professores e os benefícios que ela nos traz.
A impressão que se tem, é que, que ao longo do tempo, malandros com conhecimento profundo, foram forjando cartilhas educacionais, apenas com a educação material, esquecendo-se do essencial, esquecendo-se da sabedoria, da educação espiritual cujo objetivo é mostrar esse Eu Superior que recebemos no momento da concepção como um sopro Divino – a nossa alma – essa Chama Sagrada que habita em todos nós...
Como nos ensina o Mestre: “Educação é para a vida e não para ganhar a vida”.