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Sobre o encontro de ‘si mesmo’
  Data/Hora: 17.set.2019 - 8h 29 - Colunista: Cultura  
 
 
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Por Camyle Hart, via redes sociais...


Jung dizia que há um momento da vida, lá pelo meio do caminho, em que sentimos grande angústia, algo nos tira o sossego. Quando já construímos nossas relações interpessoais, as estruturas ao redor e voltamos para o nosso mundo interior em busca de um resgate do que foi abandonado e ficou às margens em prol das realizações do Ego. 


É o início do processo de individuação. Quando temos a necessidade de saber quem somos, qual a nossa finalidade, a nossa essência, o que verdadeiramente nos representa e nos faz estarmos em paz, em harmonia e sintonia com o todo. É o início da busca do ‘si mesmo’. É a queda das máscaras.
Deste momento em diante nossas almas passam a gritar por nós mesmos. Olhamos no espelho e queremos ver a nossa verdadeira face. É aí que nos tornamos indivíduos e nos separamos, enquanto ser, dos demais à nossa volta. Não é um isolamento, mas a busca do entendimento do que nos faz sermos unos. O que vemos deve ser o que nos representa. Falsas imagens passam a pesar em nossas costas e se manifestam em forma de doenças físicas e mentais. 


Khalil Gibran retrata perfeitamente este momento através de um lindo conto:
Perguntais-me como me tornei louco. Aconteceu assim: Um dia, muito tempo antes de muitos deuses terem nascido, despertei de um sono profundo e notei que todas as minhas máscaras tinham sido roubadas – as sete máscaras que eu havia confeccionado e usado em sete vidas – e corri sem máscara pelas ruas cheias de gente gritando: “Ladrões, ladrões, malditos ladrões!”
Homens e mulheres riram e alguns correram para casa, com medo de mim.


E quando cheguei à praça do mercado, um garoto trepado no telhado de uma casa gritou: “É um louco!” Olhei para cima, para vê-lo. O sol beijou pela primeira vez minha face nua. Pela primeira vez, o sol beijava minha face nua, e minha alma inflamou-se de amor pelo sol, e não desejei mais minhas máscaras. E, como num transe, gritei: “Benditos, benditos os ladrões que roubaram minhas máscaras!”


Assim me tornei louco. E encontrei tanto liberdade como segurança em minha loucura: a liberdade da solidão e a segurança de não ser compreendido, pois aquele que nos compreende escraviza alguma coisa em nós.

 
 

 

 

 
 
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