Dos 21 líderes do atrativo, 15 são mulheres, colocando o atrativo alinhado às mais avançadas diretrizes internacionais adotadas em prol da equidade de gênero
Da Assessoria - O Parque das Aves é exemplo no Brasil e no exterior pela prática de ações que buscam a equidade de gênero e o empoderamento feminino. De 21 líderes de departamentos, 15 são mulheres, e dos quatro diretores, três são do sexo feminino. Além do alto número de mulheres em cargos de chefia e liderança, dos 244 funcionários que compõem o quadro do Parque, 128 são mulheres, ou seja, 52% do total.
Os números do Parque seguem a tendência dos dados globais do setor de turismo divulgados na segunda edição do Relatório Global sobre Mulheres no Turismo, lançado na semana passada, no qual mais de 50% das pessoas empregadas no turismo são mulheres, em comparação com 39% na economia em geral.
Isso coloca o Parque das Aves não somente à frente das boas práticas adotadas no setor de turismo, mas também alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, que prevê 17 objetivos e 169 metas a serem cumpridas até 2030. O objetivo de número 5 prevê a igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas.
Para a diretora geral do Parque das Aves, Carmel Croukamp, os dados mostram que cada vez mais mulheres estão desafiando os estereótipos de gênero no âmbito do turismo. Ter mais mulheres nas diretorias, criar políticas inclusivas e investir na carreira delas desde a base têm efeito positivo no resultado do Parque das Aves.
“O Parque é referência internacional no setor de bem-estar animal e bate recordes no número de visitantes ano a ano, mas além disso, desde que foi criado, o atrativo é liderado por mulheres, fator importante para a manutenção de um ambiente diverso.”
Segundo o Secretário-Geral da Organização Mundial do Turismo, Zurab Pololikashvili, os formuladores de políticas estão acordando para a importância da igualdade de gênero no turismo e implementando medidas para garantir que as mulheres compartilhem de maneira justa os benefícios que o turismo pode trazer.
“O turismo está liderando a cobrança pelo empoderamento feminino em todo o mundo. Nos setores público e privado, as mulheres estão investindo no potencial do turismo para se tornar financeiramente independente, desafiar os estereótipos e iniciar seus próprios negócios”.
Uma luta contínua
Segundo dados da ONU Mulheres, entre as 500 maiores empresas do mundo, menos de 5% possuem CEOs mulheres. De modo geral, a remuneração das mulheres no mercado de trabalho também é menor, cerca de 70% do que os homens recebem.
Por este motivo, Carmel acredita que a equidade de gênero é uma luta de todas as pessoas que creem na construção de uma sociedade mais igualitária e democrática, na qual a diversidade de experiências e escolhas seja contemplada.
“Ainda é escassa a representação feminina na política e no comando de negócios, por isso nós, executivos à frente das empresas, temos o dever de quebrar este ciclo e investir em atitudes que contemplem a inserção da mulher no mundo corporativo”, disse.
Para Carmel, mais mulheres à frente de empreendimentos turísticos, além de valorizar a diversidade no ambiente de trabalho, aumenta o grau de autonomia financeira e melhora a valorização do trabalho feminino.
A segunda edição do Relatório Global sobre Mulheres no Turismo pode ser acessado no seguinte link: www.e-unwto.org/doi/book/10.18111/9789284420384
Sobre o Parque das Aves
Com 25 anos de atuação e 250 colaboradores, o Parque das Aves é a única instituição do mundo focada na conservação de aves da Mata Atlântica. Possui 16 hectares de mata restaurada, 1.300 aves de 130 espécies diferentes, com três viveiros de imersão e um borboletário. O objetivo do Parque das Aves é atuar investindo significativamente para criar um impacto positivo para as aves da Mata Atlântica, principalmente as 120 espécies e subespécies em risco de extinção. O Parque das Aves recebe 830 mil visitantes por ano, sendo o atrativo mais visitado de Foz do Iguaçu depois das Cataratas.
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