Banner aniversário de são miguel

 
 
   Categorias
  ATLETISMO
  Banco do Brasil
  Brasil
  Cartas do Leitor
  Educação
  Ego Famosos
  ENTREVISTAS
  Esporte
  Eventos
  Familias
  Foz do Iguaçu
  Geral
  Itaipu Binacional
  Lindeiros
  Moda
  Mundo
  Oeste
  Opinião do Leitor
  Policiais
  Politica
  Santa Terezinha de Itaipu
  São Miguel do Iguaçu
  Sociais
  Virtudes e valores
 
     
   Colunistas
Cultura
João Maria
 
   
 
   Previsão
 
 

 
 
 
Envie por email
 
Homenagem a Chico Buarque
  Data/Hora: 18.fev.2020 - 11h 29 - Colunista: Cultura  
 
 
clique para ampliar

Por João Baptista Herkenhoff, Juiz de Direito aposentado (ES) e escritor - Email - jbpherkenhoff@gmail.com

 

O Presidente da República informou que não vai assinar o diploma que confere a Chico Buarque o Prêmio Camões.

 

Ao saber dessa decisão do presidente da República, Chico Buarque ironizou que a ausência da assinatura do presidente valoriza o prêmio.

 

         Traduzindo sua ironia - a assinatura do presidente mancharia a láurea.

 

Daqui a cinquenta anos, o nome do atual presidente apenas figurará na lista dos presidentes porque uma lista dessa natureza não pode omitir nenhum nome.

 

Daqui a mil anos as melodias de Chico Buarque ainda serão cantadas e ele será celebrado como um dos maiores compositores do Brasil.

 

O poder político é passageiro.

O poder das ideias é eterno.

Somente quando o titular de poder político é também portador de ideias - um verdadeiro estadista - sua herança é preservada.

 

Quando o titular do poder político é vazio de pensamento, sua lembrança dura o tempo do seu mandato.

 

Como muito bem escreveu Joaquim Ferreira dos Santos,

"Chico Buarque é a voz que nos resta, a veia que salta, aquele que torna suportável essa noite de mascarados e pigmeus de boulevard.

         Sempre que tira o violão da capa e pega o dicionário de rimas, o país melhora.

 

Há quem prefira escrever a história do Brasil com fuzil, desligar o radar da estrada e azucrinar os golfinhos de Angra com turistas.

 

Chico, armado com a bemol natural sustenida no ar, atira de volta o "luz, quero luz" que cantam os poetas mais delirantes.  
           O Brasil de 2019 é uma pátria-mãe tão distraída que parece ter perdido a noção da hora.

Ao Deus-dará.

 

É um trem de candango, um bando de orangotango, todos com um bom motivo para esfolar o próximo.

 

A maioria, trancada em pânico nos seus camarins, toma calmante com um bocado de gin.

 

Lá fora, no Brejo da Cruz, desfila a estarrecedora banda de napoleões cretinos, todos de marcha-ré em permanente ode aos ratos e às tenebrosas transações.

 

Nas horas vagas, apedreja-se a mais recente Geni.
Chico dá esperança

 

Mesmo com todo o problema, todo o sistema, ele inventa um outro país - e a gente vai levando.

 

É só uma página infeliz da nossa história.”

 

Poucos sabem que Chico Buarque viveu, por algum tempo, em Cachoeiro de Itapemirim.

 

Seu pai foi Promotor de Justiça e atuou, por algum tempo, na Comarca de Cachoeiro.

 

Consta que, no processo do qual resultou a aposentadoria compulsória de Vinicius de Moraes, foi escrito, como conclusão:

“Vá trabalhar, vagabundo”.

 

Chico Buarque, valendo-se do episódio, aproveitou a frase, que transformou em verso, numa de suas mais inspiradas composições. 

 
 

 

 

 
 
Deixe seu comentário!
 
 
 
Banner Einstein
Bassani
Rose Bueno Acessórios
Banner Exposição
Banner Mirante
Banner violência se limite
Banner emprego
Banner pedrão 2018