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Árvores bem cuidadas, cidades saudáveis
  Data/Hora: 23.jul.2020 - 18h 22 - Colunista: Cultura  
 
 
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Da Assessoria - Geovana Diesel

 

Atuação de Engenheiros Florestais e Agrônomos garantem plantio e manutenção adequada de árvores nas cidades

 

Arborização urbana e vegetações associadas têm inúmeros usos e funções para uma cidade. Além das questões estética e arquitetônica, a vegetação urbana desempenha várias funções de engenharia de acordo com o caderno Técnico  “Arborização Urbana”, que faz parte da Agenda Parlamentar do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) e que atua junto a administração pública das cidades. “As árvores e florestas urbanas têm a função de diminuir os impactos ambientais da urbanização, moderando o clima, conservando energia no interior de casas e prédios, absorvendo o dióxido de carbono, melhorando a qualidade da água, controlando o escoamento das águas e as enchentes, reduzindo os níveis de barulho, oferecendo abrigo para animais e aves e melhorando a atratividade das cidades, entre os muitos benefícios que nos proporcionam”, ponta o documento.

 

Entretanto chuvas fortes, temporais, ventos e granizo podem causar danos a essa vegetação nas grandes e pequenas cidades. Em alguns casos, árvores inteiras são arrancadas pela força da natureza podendo causar prejuízos e até mesmo causar mortes.

 

Este ano no Paraná, entre janeiro e o início de julho houve 1.011 registros de queda de árvores em áreas urbanas em 35 municípios e, destes registros, 81,8% ocorreram durante a passagem do Ciclone Bomba no dia 30 de junho.

 

Segundo o inspetor do Crea-PR, Engenheiro Agrônomo Jullian Luis Stulp, diversos fatores contribuem para a queda de árvores, sobretudo a falta de cuidados e adaptação ao clima. “Antigamente as árvores eram plantadas apenas por uma questão de estética em determinado local, mas elas não se adaptavam ao ambiente. Hoje em dia esse paradigma de arborização urbana mudou e preza pela característica de cada região. Busca-se reduzir a manutenção com o plantio de espécies que geram poucas folhas e que apresentem boa adaptação climática gerando assim pouca incidência de pragas”, explica o Engenheiro, lembrando que os municípios devem fazer a revisão e readequação dos seus planos de arborização periodicamente de acordo com a legislação.

 

O que faz uma árvore cair?

Espécies inadequadas ao local, o preparo da cova e mudas para arborização urbana de tamanho inadequado, solo muito compactado e ausência de canteiros são fatores que prejudicam o desenvolvimento das plantas.

 

Outro fator que prejudica bastante as árvores é a poda drástica, a maior parte na copa viva, que sofre perdas significativas tanto de suas folhas como de suas raízes vivas que absorvem água, nutrientes e a sustentam em pé. Isso leva à ocorrência de pragas e doenças que a debilitam, levando a uma maior propensão à podridão de suas raízes, cancros no tronco, ataque de cupins e brocas e a queda de seus galhos ou sua queda por inteiro. “A poda mal feita pode destruir a árvore. Por isso quando os municípios fazem licitações para contratar empresas para essa manutenção é de extrema importância que as empresas tenham registro  de um responsável técnico habilitado pelo Crea-PR, que são profissionais preparados para fazer a implantação, o monitoramento e o manejo correto das árvores nas cidades, seja um Engenheiro Agrônomo ou Engenheiro Florestal. Já a poda em árvores próximas à rede de energia elétrica deve ser feita por um Engenheiro Eletricista ”, alerta o gerente regional do Crea-PR em Cascavel, Engenheiro Civil Geraldo Canci.

 

Manejo preventivo

Para diminuirmos a ocorrência de quedas de árvores nas cidades, uma das soluções é o manejo preventivo. “Cada árvore plantada na cidade precisa ser acompanhada desde o plantio. Se ela for plantada adequadamente não atrairá insetos nem cupins, a árvore não vai sofrer danos e vai viver mais tempo”, orienta a Engenheira Florestal Marice Baloscky.

 

Para a Engenheira, muitas árvores aparentemente bonitas e saudáveis estão, no seu interior, doentes e ocas, por isso precisam ser trocadas  - mas de fora gradual, para não causar impacto visual. “Em Cascavel, tivemos a troca de diversas espécies na Avenida Brasil. Na época, o impacto foi grande, mas foi necessário. Com a readequação arquitetônica, as árvores cresceram e hoje não causam mais tanto impacto na população”, lembra.

 

PDAU

Cada cidade tem sua característica específica de solo e clima, portanto o plantio de árvores deve levar isso em consideração para evitar futuros danos ao patrimônio público. Para contribuir com esse planejamento existe o Plano Diretor da Arborização Urbana (PDAU).

 

O PDAU é um documento que resulta de um planejamento minucioso, contendo as diretrizes, metas, ações e normas para a realização de objetivos de curto e longo prazo sobre a arborização das cidades. O  plano é discutido e aprovado no município com a participação da população e deve ser um instrumento complementar ao Plano Diretor do Município ou ao Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Municipal, além de estar em consonância com a Lei Orgânica do Município.  O Plano Diretor é uma exigência do Estatuto da Cidade, aprovado pela Lei 10.257, de 10 de julho de 2001.

 

O Plano deve ser baseado em um sistema de inventário dinâmico, deve refletir os valores da comunidade, dar prioridades para as atividades de plantio e manutenção e o estabelecimento de uma política de remoção e reposição de árvores. “Segundo o PDAU, as cidades devem começar a plantar árvores adequadas para cada local com o devido cuidado com o porte, com as calçadas, fiação elétrica, verificando a raiz adequada e espécie. Mudas frutíferas não podem mais ser plantadas nas cidades assim como espécies que criam muitas raízes na superfície, como o Alfeneiro, por exemplo”, comenta a Engenheira.

 

Crime ambiental

Em Cascavel a Lei municipal Nº 6482 de 20 de maio de 2015 trata do Plano de Arborização Urbana da cidade, onde existem cerca de 76 mil árvores plantadas na área urbana. Deste total, aproximadamente 30% precisam ser substituídas. O principal motivo é que, plantadas há muitos anos, árvores de grande porte têm danificado calçadas.

 

A prefeitura recebe cerca de 60 solicitações por mês para a retirada de árvores. Em janeiro deste ano, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Sema) recebeu mais de 1,4 mil pedidos de moradores sendo que 470 eram para podas, 108 para retiradas de árvores e 860 para vistorias. De acordo com a Sema, pedidos de urgência são atendidos prontamente, como árvores com risco de queda e situações referentes a vendavais.

 

De acordo com o PDAU, em caso de corte não autorizado ou morte da árvore provocada por envenenamento, quebra, fogo ou outros, paga-se multa.  O contribuinte ou comerciante que realizar poda drástica, poderá também ser autuado por crime ambiental previsto na esfera federal, através da Lei de Crimes Ambientais N° 9.605/98. O Artigo número 49 diz que destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas de ornamentação de logradouros públicos ou de propriedade privada alheia à pena é de detenção, de três meses a um ano, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

 

As podas e retiradas de árvores são previstas pelo Plano de Arborização e pela Lei de Crimes Ambientais, todavia o procedimento adequado é solicitar via protocolo por meio da Secretaria de Meio Ambiente.  "O cidadão não pode fazer esse serviço sem orientação, pois a Lei não permite esse tipo de procedimento", conclui a Engenheira Florestal.

 

 

Sobre o Crea PR

O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), criado no ano de 1934, é uma autarquia responsável pela regulamentação e fiscalização dos profissionais da empresa das áreas da engenharia, agronomias e geociências. Além de regulamentar e fiscalizar, o Crea-PR também promove ações de orientação e valorização profissional por meio de termos de fomentos disponibilizados via Editais de Chamamento.

 

*Com a colaboração do artigo dos Engenheiros Florestais Dra. Flávia Gisele Koning Brun e Leandro José Brun da UTFPR de Dois Vizinhos da Associação dos Engenheiros Florestais do Sudoeste do Paraná (AEFOS) e conselheiros do Crea-PR.

 

Informações para a imprensa:

ascomcascavel@creapr.org.br

Geovana Diesel – (45) 9 8423-0811

 
 

 

 

 
 
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