banner livro

 
 
   Categorias
  ATLETISMO
  Banco do Brasil
  Brasil
  Cartas do Leitor
  Educação
  Ego Famosos
  ENTREVISTAS
  Esporte
  Eventos
  Familias
  Foz do Iguaçu
  Geral
  Itaipu Binacional
  Lindeiros
  Moda
  Mundo
  Oeste
  Opinião do Leitor
  Policiais
  Politica
  Santa Terezinha de Itaipu
  São Miguel do Iguaçu
  Sociais
  Virtudes e valores
 
     
   Colunistas
Cultura
João Maria
 
   
 
   Previsão
 
 

 
 
 
Envie por email
 
A motivação à "Fratelli Tutti"
  Data/Hora: 20.out.2020 - 13h 44 - Colunista: Cultura  
 
 
clique para ampliar

Por Mário Eugenio Saturno,

 

Foto ilustrativa: Divulgação/Internet - O Papa Francisco emitiu, no último 3 de outubro, a Carta Encíclica “Fratelli Tutti, Sobre A Fraternidade E A Amizade Social”. O papa franciscano, na véspera do dia do santo, lembrou a saudação usual “Fratelli Tutti”, como escrevia São Francisco de Assis quando se dirigia a seus irmãos e irmãs para lhes propor uma forma de vida com sabor a Evangelho.

 

Dos muitos conselhos do Santo, o Papa quer destacar o convite a um amor que ultrapassa as barreiras da geografia e do espaço, uma fraternidade que permite reconhecer, valorizar e amar todas as pessoas independentemente de onde nasceu ou habita (1).

 

O Papa foi inspirado por um episódio que mostra o coração sem fronteiras de São Francisco, acontecido há oitocentos anos, a sua visita ao Sultão Malik-al-Kamil, no Egito. Apesar de sua pobreza, da distância e das diferenças de língua, cultura e religião. Em um momento histórico marcado pelas Cruzadas, teve a mesma atitude que pedia aos seus discípulos: sem negar a própria identidade, quando estiverdes entre sarracenos e outros infiéis, não façais litígios nem contendas, mas sede submissos a toda a criatura humana por amor de Deus (3).  Em um mundo cheio de torreões de vigia e muralhas defensivas, em que as cidades viviam guerras sangrentas entre famílias poderosas, ao mesmo tempo que cresciam as áreas miseráveis das periferias excluídas (4).

 

Se Bartolomeu, o Patriarca ortodoxo que propunha com grande vigor o cuidado da criação, inspirou o Papa na redação da Laudato si, para esta Encíclica, foi o Grande Imã Ahmad Al-Tayyeb, que o Papa encontrou em Abu Dhabi. Esta encíclica reúne e desenvolve grandes temas expostos no documento que assinaram juntos. E também as muitas cartas e documentos com reflexões que o Papa recebeu de tantas pessoas e grupos de todo o mundo (5).

 

O Papa não pretende resumir a doutrina sobre o amor fraterno nesta Encíclica, mas detêm-se na sua dimensão universal, na sua abertura a todos. Antes, considera esta encíclica social como uma humilde contribuição para a reflexão, a fim de que, perante as várias formas atuais de eliminar ou ignorar os outros, sejamos capazes de reagir com um novo sonho de fraternidade e amizade social que não se limite a palavras, de tal maneira que a reflexão se abra ao diálogo com todas as pessoas de boa vontade (6).

 

Quando estava a redigir esta carta, irrompeu de forma inesperada a pandemia da Covid-19 que deixou a descoberto as nossas falsas seguranças. Por cima das várias respostas que deram os diferentes países, ficou evidente a incapacidade de agir em conjunto. Apesar de estarmos superconectados, verificou-se uma fragmentação que tornou mais difícil resolver os problemas que afetam a todos. Se alguém pensa que se tratava apenas de fazer funcionar melhor o que já fazíamos, ou que a única lição a tirar é que devemos melhorar os sistemas e regras já existentes, está a negar a realidade (7).

 

Diz o Papa: Desejo ardentemente que, neste tempo que nos cabe viver, reconhecendo a dignidade de cada pessoa humana, possamos fazer renascer, entre todos, um anseio mundial de fraternidade.

 

Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot.com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano

 
 

 

 

 
 
Deixe seu comentário!
 
 
 
Banner Exposição
Banner emprego
Banner violência se limite
Banner Mirante
Banner pedrão 2018
Bassani
Rose Bueno Acessórios
Banner Einstein