Por Maria Bertoche, via redes sociais...
“Enquanto o Estado achar que é proprietário dos corpos das mulheres, ele estará autorizando os homens a pensarem o mesmo”.
Depois de muita luta e organização, as mulheres argentinas conseguiram fazer aprovar a regulamentação do aborto: legal, gratuito, seguro.
Junto à regulação, foram aprovadas outras medidas de proteção às mulheres e à maternidade, como a lei dos 1000 dias, que auxilia as famílias mais pobres nos três primeiros anos de vida da criança, para que nenhuma mulher tenha que fazer aborto por questões financeiras.
A relação da proibição do aborto com a violência contra a mulher é evidente, mas uma vez me foi apontada de maneira muito contundente em uma palestra de um delegado de polícia, Hélio Luz, quando lhe perguntei o que fazer para acabar com a violência contra mulher.
"Legalizar o aborto" ele respondeu.
Enquanto o Estado achar que é proprietário dos corpos das mulheres, ele estará autorizando os homens a pensarem o mesmo, completou.
Legalizar a interrupção da gravidez é um primeiro passo para uma sociedade que respeita de verdade as nossas vidas.