Por Mario Eugenio Saturno,
Quando eu me tornei católico em 1983, as festas de fim de ano tornaram- se momentos de oração e Missas, tornei-me festivo novamente quando nasceram minhas filhas. Quando se tornaram adultas, passei a pendurar somente uma estrela de Belém.
Dias atrás, tivemos o evento chamado Estrela de Belém, conjunção entre Júpiter e Saturno. Só consegui ver na véspera, momento que estavam lado a lado. Acontece a cada 400 anos, nem sempre visível, poderia ser o evento do nascimento de Jesus. O deste ano de 2020 poderia ser do renascimento cristão: a paz entre todos os homens de boa vontade.
O ano de 2020 foi para alertar que a humanidade está em perigo. Nossa geração está testemunhando impassívelmente a própria extinção. Desde os anos 1.960, os cientistas sabem dos malefícios do que chamaram de Efeito Estufa. Mudou o nome, mas a destruição é a mesma.
E a globalização favorece o surgimento de novas doenças, como a Covid- 19, que ainda muitos não acreditam, como na extinção em massa que vivemos. Descrença que viveram os romanos, que já sabiam da toxidade do chumbo, até chamaram a doença de saturnismo. E mesmo com a queda do Império Romano, as petrolíferas adotaram a tetraetila de chumbo na gasolina e colocaram os cientistas dela para afirmar a segurança do chumbo -sempre desconfie de quem defenda os interessas das petroleiras- .
Por que não paramos a destruição do planeta? Todos alegam motivos econômicos. Então, onde buscar as fontes de financiamentos para salvar o planeta?
A resposta parece tão óbvia que soa incrível que não se façam esforços para isso acontecer: os gastos militares em defesa! Sim os países gastam demais em armas para destruir e arruinar a vida dos nossos filhos e netos e nada para salvar o planeta.
De acordo com o Stockholm International Peace Research Institute, em 2020, o mundo gastou quase 2 trilhões (mil bilhões) de dólares em Defesa (2,2% do PIB mundial). Os Estados unidos gastaram 732 bilhões, 3,4% de seu PIB, a China, 261, que representa apenas 1,9%, seguido pela Índia, 71,1 e 2,4%, Rússia, 65,1 e 3,9%, Arábia Saudita, France, Alemanha, Reino Unido Japão, Coreia do Sul e Brasil com 26,9 bilhões e 1,5% do PIB. Seguem ainda Itália, Austrália, Canadá e Israel que é o décimo quinto, gastando 20,5 bi, 5,3%.
Devemos convencer os povos dessas nações a fazerem um pacto, de trocar parte do investimento em Defesa para Projetos de Paz. E estas convencerem as demais, ameaçar se preciso for.
Em 2021, firmar o acordo e planejar a execução. Todas as nações não aumentarão os gastos em Defesa e transferirão para os Projetos de Paz, 2% em 2022, 5% em 2023, 10% em 2024, acrescentando 5 pontos percentuais a cada ano, ou seja, em 2025, 15%, 20% em 2026, parando em 2032 quando atingir 50%. A partir daí será limitar os gastos em Defesa em 1% do PIB.
Os Projetos de Paz devem começar pelo resfriamento do planeta: como reflorestamento original, recuperação de nascentes, cisternas em regiões secas e como combate a enchentes. E vacinas, para fazer o primeiro de janeiro, o verdadeiro Dia da Paz!