Zeca Camargo, via redes sociais...
“Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura”. Quem dera fossem minhas estas palavras. Elas são de um gênio chamado Guimarães Rosa. Bethânia, portadora eterna da beleza, as declamou ontem na sua live.
E eu modestamente as pego hoje pra marcar um certo dia de São Valentino (ou Valentim). Agora parece que temos dois dias para celebrar o amor, este e dia 12 de junho, véspera do dia de Santo Antônio. Se você lembrar que tem gente que se esforça para celebrar o ódio todos os dias, estamos ainda em desvantagem.
Mas o fato é que, secretamente, como convém a todo grande amor, louvamos todos os dias as coisas boas do nosso coração. Todos os dias. Não é fácil. Temos que driblar tantas coisas para conseguir isso: distâncias; causas miúdas, rusgas tolas; avalanches de coisas sem importância; nossa própria miopia; a soma de amores passados; nossa vontade de desconseguir (meus amigos angolanos, por favor, ajudem quem não conhece esse verbo). Mas o amor está lá. Na nossa frente. Estamos olhando pra ele. Mesmo que, como também cantou Bethânia ontem, a gente não o pega, nem chega a o ver.
Esta foto que tirei quase quatro anos atrás em Bali, que encontrei quando procurava (que ironia) uma imagem de um Carnaval passado, de repente ilustra bem exatamente isso que acabei de escrever.
Seja dia 14 de fevereiro, 12 de junho, o dia em que você deu aquele anel, teve um ataque de riso, escolheu a música de vocês, inventou um certo apelido ou acordou, olhou pro lado e achou que não pudesse ser mais feliz. O amor está lá. Na nossa frente. E ele sabe disso.