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Coronavac no banco dos réus
  Data/Hora: 31.mai.2021 - 18h 41 - Colunista: Cultura  
 
 
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Por Mario Eugenio Saturno,  

 

Estava eu escrevendo um artigo sobre as novidades relacionadas aos Neandertais quando os inscientes das redes sociais fofoqueiras e promotoras de fakenews estão espalhando que a eficácia da Coronavac será questionada na Justiça e que os médicos sugerem imunização com outras vacinas. Um absurdo que me fez estudar o paper  da discórdia: Effectiveness of the CoronaVac vaccine in the elderly population during a P.1 variant-associated epidemic of COVID-19 in Brazil: A test-negative case-control study.

 

De cara, notei a primeira curiosidade: dois coautores, Albert I. ko, e Julio Croda são da Fundação Oswaldo Cruz, o primeiro do Instituto Gonçalo Moniz, e o segundo da Fiocruz Mato Grosso do Sul. Ou seja? São concorrentes do avaliado, o que compromete a pesquisa pela perda de objetividade, já que eles têm interesse no resultado... E por que não testam a CovidShield que eles produzem? Lembrarei o que houve.

 

E qual foi a descoberta que o paper revela? Essa: Findings We selected 7,950 matched pairs with a mean age of 76 years from 26,433 COVID-19 cases and 17,622 test-negative controls. Adjusted vaccine effectiveness was 18.2% (95% CI, 0.0 to 33.2) and 41.6% (95% CI, 26.9 to 53.3) in the period 0-13 and=14 days etc... Interpretation CoronaVac was 42% effective in the real-world setting of extensive P.1 transmission, but significant protection was not observed until completion of the two-dose regimen. Ou uma efetividade real de 42%.

 

Ou seja, se o estudo foi bem feito -creio que sim-, só mostra o que já sabemos, quanto mais velho, menos efetiva. Não tem novidade! Mas qual vacina mesmo passou por algo semelhante? Lembram que alguns países da Europa como Alemanha e Áustria, que decidiram não aplicar a vacina de Oxford em pessoas com mais de 65 anos, por não haver estudos conclusivos sobre sua eficácia para essa faixa etária? Pois é. Mas não é isso que importa.

 

E, neste momento, o que é mais importante que eficácia? O próprio paper responde:  Survival/logistic regression analysis of hospitalization, ICU, respiratory support and death: We will perform additional analyses for hospitalization and death amongst individuals who test positive and estimate the hazards according to vaccination status at the date of positive test etc... Sensitivity analyses will be conducted to evaluate the association of influence of a positive RT-PCR, antigen or serological test result prior to the vaccination campaign. Ou seja? Paper incipiente e insipiente, pois interessa saber o impacto na gravidade da doença e nas mortes, coisa que o paper não fez.

 

A que serve esse paper então? Alimenta os precursores da tese da ineficácia da "vacina chinesa do Dória", mesmo que não intencional, é de um amadorismo incrível escrever um paper tão incompleto que só serviria a interesses escusos. A qualidade da informação é algo importante para se combater a pandemia. Veja-se quando o general Pazuello passou a dar destaque para o número de recuperados, que não serve para nada, exceto como prova cabal que o governo federal buscava a tal imunidade de rebanho, que não existe!

 

Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot. com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano

 
 

 

 

 
 
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