banner livro

 
 
   Categorias
  ATLETISMO
  Banco do Brasil
  Brasil
  Cartas do Leitor
  Educação
  Ego Famosos
  ENTREVISTAS
  Esporte
  Eventos
  Familias
  Foz do Iguaçu
  Geral
  Itaipu Binacional
  Lindeiros
  Moda
  Mundo
  Oeste
  Opinião do Leitor
  Policiais
  Politica
  Santa Terezinha de Itaipu
  São Miguel do Iguaçu
  Sociais
  Virtudes e valores
 
     
   Colunistas
Cultura
João Maria
 
   
 
   Previsão
 
 

 
 
 
Envie por email
 
Sobre vírus, morcegos e ratos
  Data/Hora: 29.nov.2021 - 20h 49 - Colunista: Cultura  
 
 
clique para ampliar

Por Mario Eugenio Saturno, 

 

Há teoristas de conspiração (doudos, em geral) que atribuem o Sars-Cov-2, o vírus da Covid-19, a uma criação de um laboratório chinês. O que poucos imaginam é que poderia ser uma encomenda do governo dos Estados Unidos da América.

 

É o que mostra uma controvérsia sobre uma pesquisa virológica muito perigosa e que foi financiada pelo governo dos EUA. Embora negue que tenha ajudado a criar o vírus que desencadeou a pandemia de COVID-19, o Instituto Nacional de Saúde dos EUA (NIH) revelou em uma carta enviada aos congressistas Republicanos que a organização sem fins lucrativos EcoHealth Alliance, com sede nos EUA, repassou financiamentos ao Instituto de Virologia de Wuhan (WIV), na China, em 2018 e 2019, e que teve o resultado inesperado de criar um coronavírus mais infeccioso.

 

O NIH afirmou que a EcoHealth não relatou imediatamente esse resultado à agência, conforme é exigido. Um relatório de progresso ainda mostrou que EcoHealth e o Instituto de Wuhan conduziram experimentos mudando o vírus que causa a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS).

 

O NIH relatou que quando a agência revisou a proposta de subsídio da EcoHealth, observou que os experimentos propostos eram proibidos, pois pretendiam determinar se certos coronavírus de morcegos poderiam infectar humanos e esse tipo de experimento pode tornar os patógenos perigosos para os seres humanos.

 

O relatório descreve estudos conduzidos no Instituto de Wuhan entre junho de 2018 e junho de 2019, com coronavírus de morcego que circulam na natureza da China. Alguns estudos examinaram se as proteínas do espinho (spike), que os vírus usam para se ligar e infectar células, do coronavírus de morcego (chamado WIV1), poderiam se ligar ao receptor de célula humana (angiotensina humana 2) em um modelo de camundongo. Em um experimento limitado, os camundongos infectados com uma dessas quimeras, chamado SHC014 WIV1, ficaram mais doentes do que aqueles infectados com o coronavírus original dos morcegos, o WIV1.

 

O mais interessante é que antes que o trabalho da quimera fosse financiado, o NIH classificou-o como uma pesquisa sem interesse porque, além de não se permitir patógenos com potencial pandêmico, os coronavírus de morcegos eram conhecidos por não infectar humanos.

 

O NIH anexou também na carta uma nova análise afirmando que os vírus estudados no Instituto de Wuhan compartilham de 96% a 97% da sequência SARS-CoV-2, o que é considerado muito distante (uma diferença maior que a do ser humano para o gorila). Porém, os críticos do NIH afirmam que a agência mentiu sobre o trabalho que financiou, pois esta carta corrige afirmações anteriores do seu diretor, Francis Collins e do diretor do NIAID, Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, Anthony Fauci, que disseram que o NIH não financiara nenhuma pesquisa em Wuhan.

 

Não deixa de ser engraçado ver que o presidente Trump usava aquela tática política: acuse seu oponente de fazer aquilo que você faz! Mesmo que o vírus esteja evolutivamente distante do SARS-CoV-2 para ser transformado nele, uma pista do seu surgimento ganha destaque e não é exatamente chinesa.

 

Mario Eugenio Saturno (cientecfan.blogspot. com) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano.

 

 
 

 

 

 
 
Deixe seu comentário!
 
 
 
Banner emprego
Bassani
Banner violência se limite
Banner Exposição
Banner Mirante
Rose Bueno Acessórios
Banner pedrão 2018
Banner Einstein