Por Paulo Hayashi Jr.
Trabalho é desenvolvimento, obra e construção. Com o ofício há o aperfeiçoamento do ser tanto no nível profissional quanto pessoal. O indivíduo que aprende desde cedo o valor da labuta consegue ser útil a ele e a sociedade de forma prestativa. Amar o trabalho é se amar e ter a certeza de ter feito a escolha correta na vida.
Todavia, para isso não ser mera sorte é essencial reflexão e autoconhecimento. Apenas por meio de se conhecer e saber de seus talentos e vocação que se alinha de modo planejado o trabalho. O ofício não deve vir por acaso, mas fruto desta conversa íntima consigo mesmo. Sem olhar cargo, status, facilidades ou renda, mas gostos, preferências, aptidões.
Não há exercício fácil ou com facilidades que perdurem para sempre. É vital este saber, pois muitos atalhos iniciais podem significar atrasos posteriores. Busque ser o melhor, de se esforçar e de aprender em qualquer situação. De exercitar sem esperar retornos imediatos, pois apenas com persistência e força de vontade que se alcança patamares superiores. Invista em você.
Em todas as profissões demora-se anos para obter a maestria e a expertise como níveis de conhecimento intrínseco da consciência do ser. Como regra genérica, foi popularizada por Malcolm Gladwell as 10 mil horas necessárias para que se tenha esta condição. Assim, mais que ansiedade e afobação, autoconhecimento e disciplina para realizar bem feito desde o início. Através do trabalho progride o indivíduo, a sociedade e o mundo.
Paulo Hayashi Jr. - Doutor em Administração pela UFRGS. Professor e pesquisador da Unicamp.