Por Paulo Hayashi Jr.,
A todo momento a nossa mente reflete e recebe inúmeros pensamentos e ideias, tal como máquina a vapor que sempre está com gás. Legítimo dínamo do ser, a mente é usina íntima dos bons e maus conceitos, orientada sob o prisma da afinidade. Somos os responsáveis pela direção a seguir, seja em busca de nossa renovação, seja pelos caminhos menos desejáveis. Através dela, exercitamos o livre arbítrio e a capacidade de decidir com maturidade os passos seguintes. Conforme os acertos, somos recolhedores de nossas decisões passadas. O mesmo vale para os desajustes e escolhas errôneas. Assim, como lição de crescimento, colhemos aquilo que plantamos, mesmo que venha através de sugestões menos nobres de pessoas ainda em refazimento.
Por isso, o cuidado com as companhias e também as leituras. Não seriam os livros companheiros de nossos pensamentos? Pessoas que andam com indivíduos bons tendem a seguir seus passos. E vice-versa. As companhias devem ser edificantes e dignas. Indivíduos alegres com pensamentos positivos e palavras amigas são sempre bem-vindos. Diferentemente daquele que apenas reclama ou que coloca o ego acima de tudo.
Em um mundo complexo, é vital que tenhamos consideração com o próximo e mais altruísmo ao invés de competição. De agir com integridade em todas as áreas da existência e de viver com ética e moral. Todavia, não podemos esquecer de proteger a nossa mente e as sugestões recebidas por ela. Sem isso, não se torna possível auferir boas escolhas e consequências.
Paulo Hayashi Jr. - Doutor em Administração pela UFRGS. Professor e pesquisador da Unicamp.