Por Paulo Hayashi Jr
De tempos em tempos, é vital a limpeza profunda para eliminar as sujeiras que passam despercebidas no dia a dia. Não raro, no final de ano se executa uma profilaxia ampla tanto em nossa casa quanto em nosso corpo. Todavia, não se pode esquecer da higienização em nossa mente. A casa mental representa componente vital para o desenvolvimento dos pensamentos prósperos e das ideias favoráveis ao alcance das vitórias. Por mais difícil que seja, perdoar, desculpar-se, relevar faz parte da limpeza mental e emocional. Quem perdoa elimina lixo tóxico que envenena o ser de dentro para fora. É um desconforto por algum desentendimento, uma mágoa que era passageira, mas ficou, um ressentimento que repete algum sentimento ruim. Realizar esta faxina, este perdão é entregar ao universo o direito de ser livre e sem algemas que machucam a cada vez que a cena ou a situação volta à tona.
O perdão pode vir desde o pedido mental à pessoa até mesmo a oração como envio de luz e paz aos envolvidos. Dependendo do grau de sujeira ou da marca, não se espera o perdão total de uma única vez. O essencial é a repetição do pedido até diminuir a carga negativa a ponto de anular o seu efeito. É uma maneira de executar a estratégia dos setenta vezes sete do mestre Nazareno, pois é preciso avançar no progresso e não ficar preso ao passado. Quem perdoa passa adiante e esquece de dar o troco. É se preocupar mais com a própria felicidade do que com o troco. É fazer a sua parte na dinâmica do universo para ser feliz.
Paulo Hayashi Jr - Doutor em Administração pela UFRGS. Professor e pesquisador da Unicamp.