Por Paulo Hayashi Jr.
Fazer as obras nobres com as mãos limpas representa muito mais do que se limpar na superficialidade do corpo, mas em estar em paz com a consciência e a moral. Ter os membros higienizados não significa adotar uma postura de Pôncio Pilatos, mas de se importar com o bem geral e a preocupação com as pessoas que edificam as obras de Deus. Mãos limpas tampouco não significa ter os membros estéreis, mas de fazer o bem sem olhar a quem. Todo momento é hora. De ajudar sem cansar ou de ser prestativo e servir com a pureza que se pede aos que buscam construir um futuro melhor. Isso não vem sem críticas ou incompreensão daqueles que ainda estão imersos nas bolhas do ego ou dos prazeres passageiros e hostis a ascensão séria.
As mãos apenas simbolizam o trabalhador que faz da labuta um legítimo apostolado de desenvolvimento pessoal e do mundo. Por meio do trabalho conquistamos as nossas luzes, bem como modificamos o nosso ambiente e entorno. Com a moral ativa e a força de vontade, conseguimos transformar sonhos e sementes em frutos e realizações que permitem vislumbrar a capacidade do ser humano. Uma força e potência que realiza milagres, mesmo apesar dos empecilhos. Por meio das transformações que realizamos progredimos e damos sinais de que manter-se limpo, alinhado aos desígnios do alto, permite intuir se corretamente nas ações e atitudes. Deste modo, tal como para o apóstolo dos Gentios, Paulo de Tarso: "E Deus pelas mãos de Paulo fazia maravilhas extraordinárias" (Atos, 19:11).
Paulo Hayashi Jr. - Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.