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Poesia: O BOLSO
  Data/Hora: 27.ago.2023 - 7h 45 - Colunista: Cultura  
 
 
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Por: Cristiano Bremm e Silvio Genro, via redes sociais, 

 

 

 

Esse poema foi escrito após a leitura de uma crônica do mestre Ruben Alves , intitulada "Onde nasce Deus?", daí surgiu essa parceria, que muito me honra, com o mestre/irmão Silvio Aymone Genro !

 

 

 

Enquanto a chaleira chia

E a cuia espera vazia

Junto ao fogo de chão,

Fumaceando meu olhar,

Eu me ponho a prosear

Com a alma e o coração.

 

Deus nasce em algum lugar?

A lua vem me indagar,

-Onde afinal, nasce Deus?

A resposta vem num segundo,

Nasce no centro do mundo,

Num lugar chamado EU...

 

Mas, o que é o EU?

Nesse mundo que é meu,

Eis a segunda questão...

Com seis anos de idade,

Eu provei a liberdade

Sendo um piá de pé no chão!

 

Será que sou outro EU?

Só porque o guri cresceu,

E muita coisa estudou

Nos livros de faculdade?

Viu mentira, viu verdades...

-Mas continuei EU, e aqui estou!

 

Outra dúvida me vem

E uma reposta também

Meu pensamento navega,

Enquanto a vida me afronta

E entrega a resposta pronta:

-O EU é apenas um bolso

Que este meu corpo carrega!

 

Mas que coisa mais estranha,

A indagação me acompanha

Feito a barranca e seu rio...

Isso que meu corpo leva

E deixa minha alma leve,

É um espaço que é vazio!

 

No meu bolso de guri,

Eu brincava por aí

Com bolitas e pinhões,

Bodoque e caramelos...

-Cresci, mudei o modelo,

Visões e convicções.

 

Os objetos que carrego

E aos quais ainda me apego

Vou substituindo a esmo...

Mudaram os objetos,

Sonhos, vida e meus afetos,

-Mas o bolso, ainda é o mesmo!

 

Vamos perdendo os amigos

E amores, novos e antigos,

Que colhemos nos caminhos...

E as mãos nos bolsos vazios,

Carregam os desafios

Dos que se sentem sozinhos.

 

Então me ponho a pensar...

-Quando esse bolso rasgar

Por certo a dor vai ser forte!

E com paz no coração

Chego enfim, a conclusão:

-O bolso rasgado, é a morte!

 

Meu guri me acordou

E sutilmente perguntou

Tendo no olhar a verdade:

-Papai, se você morrer,

E não mais puder me ver,

Você vai sentir saudades?

 

Mas num bolso remendado,

Cabem os sonhos guardados

Que em vida juntei em vão,

E um punhado de esperança,

Que colhi nessas andanças,

E hoje amansa o coração.

 

Ah, o amor! Ah, o amor!!!

Só ele sabe o sabor

E o valor dos sentimentos...

Por isso, invento poesias,

Quando a vida esvazia

Os meus bolsos, alma adentro.

 
 

 

 

 
 
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