Por Paulo Hayashi Jr. - Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.
O autoconhecimento traz a identificação dos pontos fortes e fracos de cada um e também, os limites pessoais e as chaves de progresso. Ou seja, quem é o indivíduo e seus tesouros. O conhecimento de si favorece então o autocontrole e sua capacidade de gerenciar seus recursos, em especial, aqueles de resistência às pressões e superação. Neste sentido, o equilíbrio dinâmico é fundamental para que não se perca o bom senso e o todo de forma sistêmica. Mais do que a recuperação ou a vitória imediata, a tranquilidade de estar com a vida sob controle e de gerenciar as demandas e contextos até que se possa alcançar certas melhoras no horizonte.
Nem sempre a existência nos traz os estímulos que queremos. Mas, podemos ter o livre arbítrio e a sabedoria de decidir e atuar de modo a ganhar aprendizagens e experiências para o enfrentamento de diferentes batalhas. Não raro, o vencedor será aquele que souber tirar os melhores valores dos embates que o transforma. Nem toda guerra merece nossa resistência e recepção da provocação, assim como nem todo arranho no orgulho e na vaidade representa derrota. É essencial que se tenha o ego, o orgulho e a vaidade sob controle para que se tornem coesas e coerentes as ações com as estratégias maiores. Quem não se acostuma com seus defeitos, sabe que é preciso sempre se esforçar para o devido ajuste. O caminho estreito para Deus é árduo, mas não impossível. Seguir os passos de Jesus Cristo e as luzes do amor e da caridade representam esta expansão dos próprios limites.
Disciplina e vontade.
O estudo de compreender os fatores que fazem um indivíduo ser mais produtivo em relação aos outros não pode esquecer a virtude da disciplina. A regularidade é elemento que se nivela com a vontade em termos de atuação no sucesso pessoal. Por meio da disciplina, há a constância no trabalho e o passo rítmico mantido mesmo que outras variáveis sejam afetadas. A regularidade faz com que se acumulem ganhos ao longo do tempo, assim como a internalização da lição.
Outro fator de relevância é a própria vontade. Domá-la é uma tarefa que começa desde a infância e na educação do trabalho e do progresso de suas atitudes internas. Por meio da vontade, há a realização, mesmo que a contragosto do ego. Desbasta-se de modo constante o ego, a vaidade e o orgulho para que a vontade prevaleça e possa frutificar nos tempos vindouros. Não é querer fazer o que se quer, mas o que é necessário e justo para que se alcance posição superior.
A roda do progresso exige sacrifícios e apenas com o alinhamento da disciplina e da vontade é possível trabalhar de modo adequado. O progresso é algo que exige esforços, pois é necessário manter-se alinhado com as oportunidades externas e o preparo interno. Quem almeja ser grande, tem pouco tempo para perder. Não é por economizar-se que se engrandece, mas o contrário. É viver no mundo com vistas ao enriquecimento pessoal através do amor, do estudo edificante, da caridade bendita. Cristo é