Por Paulo Hayashi Jr. - Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.
Jesus é o amigo de todas as horas. Aquele que jamais se esquece de quem resolve trilhar o caminho da vida e da verdade para Deus. Ele é aquele que veio trazer a mensagem da Boa Nova, de que o mundo é oportunidade na escola de aprendizagem e do refazimento. Aprender novos conhecimentos, polir os sentimentos, maximizar o amor e a construção de obras que dignificam e enobrecem a humanidade. Mais do que lições teóricas sem frutos, a vivência com sabedoria e amor. O que seria do mundo sem o exemplo de Jesus? A abordagem crística permite este outro olhar sobre os problemas, os inimigos, as mazelas da vida. É transformar os obstáculos e empecilhos em lições de luz, que engrandecem àqueles que resolvem se alinhar com a caridade e o altruísmo.
Ser uma pessoa naturalmente do bem é vibrar para a luz, interna e externa, que ilumina e inspira os demais. Não seriam estas as riquezas prometidas por Jesus Cristo? De ser bem-quisto por todos, em especial pela própria consciência. Mais do que o brilho fugaz das moedas e dos tesouros transitórios, a abertura de oportunidades para as estrelas e para a vida eterna. De brilhar com a própria luz, mas sem ferir os olhos alheios. É essencial ajudar, mas com cuidado de não desestimular os demais.
O caminho do progresso é para todos, ainda que nem sempre as pessoas se empenhem nas trilhas do bem. São irmãos em ignorância que um dia despertarão para a incrível fortuna de seguir e exemplificar Jesus. Olhemos, portanto, a todos com amor como Jesus Cristo fez um dia por nós.
Regramentos na vida
O caminho para Damasco representava mais uma jornada de luta para o empenhado Saulo de Tarso em levar a iluminação àqueles que estavam em ignorância. Todavia, seu encontro com Jesus Cristo foi marcante e transformador. Era ele quem estava confundindo os objetivos e também, estava nas contendas erradas. A partir do autêntico "o que queres que eu faça?", agora o convertido Paulo passa a adotar uma regramento interno de vida, ao invés das convenções sociais. Percebeu que havia muitos equívocos nas regras e leis humanas e que o melhor seria uma vida com a aprovação de Deus e de sua consciência.
Agir para o bem comum, divulgando as Boas Novas e, principalmente, sendo carta viva dela. Era o exemplo pessoal que inspirava e dava também testemunho da magnitude do enviado. Mais do que as letras mortas, eram as ações e atitudes de realização no bem que vivifica o espírito (2Cor 3, 6). Assim, o melhor regramento é o alinhamento com Deus e também, com sua consciência, legítimo fiscalizador e tribunal pessoal.
Viver em paz consigo mesmo, de bem como a vida e com todos, configura legítimo céu íntimo, enquanto que, por outro lado, o inferno é o estado contrário. Uma lição comum a toda linha de espiritualidade é o combate do ego, da vaidade e do orgulho, pois este trio retrata os responsáveis por agir contra a consciência. A naturalidade boa do ser humano é eclipsada pelos prazeres momentâneos. Mais do que a transitoriedade, viver para as benesses eternas, a paz íntima, os resultados positivos atemporais. Sigamos, portanto, Paulo de Tarso em sua jornada de luz.
Paulo Hayashi Jr. - Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.