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Bom senso e boa vontade - Acúmulos benditos
  Data/Hora: 8.fev.2024 - 23h 22 - Colunista: Cultura  
 
 
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Por Paulo Hayashi Jr. - Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp. 

 

A ação caridosa feita de forma espontânea leva aos bons frutos que pavimenta o caminho à Deus. É a santificação do ser com o aprimoramento da sociedade de modo a despertar o que há de melhor em todos nós. Quem auxilia na iluminação do mundo desperta para si também os louros do reino da luz. É estar de bem consigo mesmo e com os outros de modo aprazível à divindade também. Este Pai bondoso e misericordioso que nos traz à vida como oportunidade do aprimoramento, do trabalho e do amor.

 

As experiências em nossa existência são legítimos tesouros que acumulamos e nos enriquecemos conforme nosso desenvolvimento moral e direção dada às nossas ações. O bom senso e a boa vontade são fundamentais para que se tenha condições de acertar mais do que errar. Além disso, de cultivar a humildade ao invés da soberbia. A presteza ao invés da inércia. A caridade em detrimento do egoísmo. Mais do que meros seres materiais, é essencial recordar de nossa essência espiritual e propósitos. Temos em nossa vida tudo que precisamos para o progresso, em especial, os recursos da oração. Com ela, é possível organizar a casa mental para realizar a devida renovação interior. É a luta diária contra inimigos hercúleos que são as nossas más tendências e vícios do passado. Para a perfectibilidade do ser, cada canto conta e é preciso reflexão constante para que não se acostume com os erros e imperfeições, por menores que sejam.

 

Viver é uma eterna aprendizagem através das lições que são executadas para se chegar mais próximo de Deus.

 

 Acúmulos benditos

 

O que juntamos na vida como legítimos tesouros têm valor depois do nosso desencarne? Pode parecer uma pergunta estranha à primeira vista, todavia representa um dos aspectos essenciais em uma existência bem vivida. O que implica em uma aprovação da consciência individual e do universo como um todo. Alguns buscam a fama ou o dinheiro transitório que se dissipa como névoa após algum tempo. Outros, procuram posições sociais de destaque, mas sem qualquer base moral ou aspecto da verdade maior. Para os discípulos de Cristo, há a seguinte observação: "Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração" (Mat 6:21).

 

O tesouro depende do polimento do coração, assim como dos pensamentos que  direcionam os esforços para a conquista justa. Neste ponto, pode-se destacar a relevância da estética e do belo para buscar os haveres que importam de modo atemporal. Desde a antiguidade sabe-se que o mundo é cheio de ilusões e armadilhas das aparências transitórias que  distorcem a leitura da realidade. Assim, o belo e a estética como os esforços tanto dos sentidos físicos quanto da inteligência e da razão para que o indivíduo alcance o cerne de um caminho superior. É o refinamento dos sentidos que leva à transcendência do ser. Todavia, não de modo egoico ou materialista, mas altruísta e com conhecimentos transcendentais. Um aprimoramento tanto do lado racional e emocional, quanto espiritual. 

 

O caminho da perfeição é longo e contar com gostos que enobrecem e elevam o ser representa ter a naturalidade do progresso e da afinidade com o bem, o belo e a verdade maior.

 

 
 

 

 

 
 
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