Por Paulo Hayashi Jr. - Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.
Os estudantes da Boa Nova mostram atitudes diversas para as revelações do Cristo. Alguns preferem a lentidão dos debates improdutivos como maneira de consolidar o conhecimento. Outros, como legítimos inquiridores, esperam pela melhoria do comportamento alheio para seguir os passos necessários. Alguns buscam o sectarismo que separa e distorce as maneiras de levantar a fé honesta. Já outros, preferem esperar pelas manifestações fenomênicas para dar a largada dos esforços sem fim. Há muitas atitudes diversas. Todavia, nem todas apropriadas para o discípulo fiel e atento.
Para quem é de Cristo, seguir o exemplo sem demora é conquista da própria fé, sem esperar manifestações externas, tampouco internas. O momento é agora e cada oportunidade é chance para a movimentação dos preciosos recursos para a execução da caridade no mundo.
Jesus Cristo não veio à terra para pregar o verbo platinado e estéril. O trabalho útil é atividade constante e a disciplina aprimora a vontade e o pensamento para a internalização da bondade. Assim, quem busca qualquer sinal do céu engana-se com as recomendações sagradas. Não há nenhum privilégio ou sinal externo, mas a consagração no bem e no alinhamento com Deus de modo natural. O ar que passa pelos pulmões ou os ventos que assobiam na floresta não necessita do estardalhaço do cotidiano para se fazer presente. Flui como a bondade natural daqueles que sabem da sua tarefa e missão. Amar, perdoar, trabalhar para o bem e a educação espiritual do ser. Eis os caminhos que levam à grandeza de Jesus Cristo através do acúmulo das boas obras de redenção.
A escola da vida
Será que é necessário algum instrumento ou sonido especial para despertar o ser humano em sua tarefa de renovação e alinhamento com a espiritualidade superior? É preciso que ela recorra a algum método para chamar ao trabalho e ao aperfeiçoamento maior? A partir do momento que o indivíduo desperta para a bondade do pai Criador e também dos ensinamentos de Jesus Cristo, percebe-se que o convite para os esforços redentores já foi recebido. Cabe a cada um compreender sua responsabilidade na participação e cocriação do universo. O convite vem com a paciência e a tolerância do alto, mas aqueles mais despertos já conseguem realizar mais e melhor. Esses servem também de inspiração às demais pessoas para superar obstáculos e vencer as más inclinações que cada um traz dentro de si. Mais do que discípulos infalíveis, somos aqueles que ainda lutam para as aquisições eternas da luz própria.
Amor e conhecimento, trabalho e redenção são as tarefas do obreiro que resolve construir uma existência de dedicação e participação na sinfonia do universo. Ao invés de ser uma nota distante do todo, de buscar sua melhor versão para glorificar a Deus de modo adequado. Através dos esforços e das lutas internas somos recompensados com a consciência tranquila, a paz de espírito, a satisfação consigo mesmo. Pelas vitórias nas arestas mais obtusas que a satisfação aparece como legítimo manjar dos que souberam vir e vencer em um mundo de obstáculos, problemas e desafios.