Por JB Comunicações - Estação História – (o conhecimento ninguém pode tirar de você), via redes sociais
Enedina Marques, a primeira engenheira mulher e negra do Brasil
Apesar dos preconceitos de uma sociedade pós-abolição, Enedina se impunha e se fez uma profissional respeitada em um mercado dominado por homens brancos.
Pertencente a duas minorias marginalizadas da população brasileira, ela foi a primeira mulher a se formar em engenharia no estado do Paraná e a primeira engenheira negra do Brasil. Filha de um casal de negros provenientes do êxodo rural após a abolição da escravatura, em 1888, a família chegou em Curitiba em busca de melhores condições de vida.
Durante sua infância, Enedina ajudava sua mãe nas tarefas domésticas na casa do militar e intelectual republicano Domingos Nascimento em troca de instrução educacional. Alfabetizada aos 12, ingressou no Instituto de Educação do Paraná em 1926, sempre trabalhando como doméstica e babá em casas da elite curitibana para custear seus estudos.
Disciplinada e inteligente, enfrentou todos os obstáculos que uma sociedade no início do século XX apresentava (e ainda apresenta) a uma mulher negra e pobre.
Nessa época, era destinado às mulheres, principalmente, o papel de dona de casa. Já no mercado de trabalho, as opções eram limitadas ao cargo de professora ou empregada de fábrica, sempre com salários menores do que os recebidos pelos homens no mesmo papel – soa familiar?
Apesar de todas as adversidades e sabotagens sofridas formou-se em Engenharia Civil em 1945 pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), entrando para a história como a primeira mulher a se formar em engenharia no Paraná e a primeira engenheira negra do Brasil.
Fonte : https://www.facebook.com/confessoquevivioficial