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João Maria
 
   
 
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Encerramento da Exposição: Alma e Coração
  Data/Hora: 2.mai.2024 - 7h 15 - Colunista: João Maria  
 
 
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Encerrou-se no último dia (29), a Exposição Alma e Coração, com obras abordando o tema: “Eu sou feliz, porque amo a minha Família, a minha Cidade, o meu Estado e o meu País”. Quem teve a oportunidade de visita-la, pode observar algo novo, envolvendo um dos valores mais nobres que existe na sociedade – a Família.

 

 

 

A intenção inicial, era apresentar 33 obras – tendo como conteúdo literário em cada uma delas, um “Pensamento Acróstico” com o nome do Mestre dos mestres, Jesus Cristo – embaladas com cores, cortes e recortes de diversas fontes que compõem as Artes Plásticas. Como o tema era local, foi selecionado apenas 20, até pelo espaço. 

 

 

 

 

Na ilustração, em todas elas, em destaque a “Mãe Natureza”, estilizada num Corpo Feminino que, no meu ponto de vista, é a mais bela das belas Esculturas que existem no Universo.

 

 

 

 

 

 

 

É muito mais do que Beleza. É Fonte de Vida, sem a qual não existiríamos. É o grão, a semente pela qual se perpetua a espécie. A prova insofismável de que somos de fato o “microcosmo do Cosmo” e que estamos interligados de “Coração e Alma” com o TODO – essa Inteligência Cósmica Universal que carinhosamente à chamamos de Deus.  

 

Em todas as obras, usamos pássaros e flores, que no meu ponto de vista, não só pela beleza – mas, principalmente pela paz e harmonia que trazem para os nossos olhos, coração e mente – são as próprias digitais de Deus. Aliado ao tema“Eu sou feliz, porque amo a minha Família, a minha Cidade, o meu Estado e o meu País”, procuramos não só reavivar a auto estima coletiva, como também, voltar os olhos para o espírito comunitário que tem a sua base de sustentação no Braço Forte da sociedade, a Família – o Centro do Universo – o lugar mais importante do mundo.

 

No ponto mais alto desta “Escultura”, entre duas mãos, uma flor que se abre no formato de um “Coração” que se transforma num jarro, uma espécie porta de entrada para a Prosperidade. Vindo do alto, um “Pássaro” estilizado surge depositando sementes de trigo, fonte de nutrição.

 

Na base desta “Escultura”, aparece a “Rainha do Lar”, sentada em cima de um “Livro”, nos lembrando que: “Educação, é a palavra Chave”. No braço direito, os membros da Família, frutos desta germinação “Pai – Mãe – Vida”.

 

Falando em Família, é sempre bom lembrar que estamos falando em vida - e como não existe vida sem água, é válido um comparativo -  “A água é formada por três átomos: dois de hidrogênio e um de oxigênio. A água pode ser considerada, dentro de certa proporção, como a sociedade. Do mesmo modo que não existe vida sem água, não existe uma sociedade sem família e, por isso, não há país sem a existência da família”.

 

Aliás, é bom que se diga, que a realização desta Exposição, foi organizada meio que no atropelo. Há vários meses vinhamos conversando com a Secretaria de Educação, sobre a importância de realizarmos uma Mostra com esse tema. Entendendo os meus argumentos, a secretária resolver marcar data e horário. E, para minha surpresa, ao encontra-la no outro dia na sala da Assessoria de Imprensa, ouvi que não existia espaço na agenda para um Cerimonial de Abertura.

 

Pessoalmente, no primeiro instante, eu recebi aquilo como um balde de água fria – mas, vendo o grande número de eventos, inaugurações e o dinamismo que essa Administração vem imprimindo em todos os setores, encarei com a maior naturalidade.

 

Mesmo assim, no dia 22 de abril (sete dias depois da mesma ter iniciado), houve uma foto oficial com a presença das autoridades, entre çs quais o Prefeito Boaventura Motta; o seu vice, Cláudio Rodrigues; secretários, professores, alunos do Colégio Ativa e a sua Direção.

 

O importante e vale a pena ressaltar, é que – a proposta foi muito bem acolhida, até por que, o simples fato de pronunciarmos essa frase – “Eu sou feliz, porque amo a minha Família, a minha Cidade, o meu Estado e o meu País”, consciente ou inconscientemente, nos direciona para uma vertente do BEM.

 

 

Levar isso para as Escolas para que seja aplicado como tema de Redação, é “Combater a Violência com Inteligência, pregando a Cultura da Paz”.

 

No dia 29 de abril, tivemos a presença dos alunos da 5ª série da Escola Municipal Vitorino Barbiero. Diante das Crianças e dos Professores, procurei passar a elas a importância da arte em nossas vidas, seja de qual gênero for. Para ilustrar essa importância, lembrei a elas um fato que me aconteceu (se não me falha a memória, no dia 05 de novembro de 1982), num evento de inauguração – se eu não me engano - inauguração da barragem e abertura do vertedouro da Usina Hidrelétrica Itaipu.

 

O que aconteceu? Naquele ano, estava se realizando em todo o país, eleições diretas para os Governadores, que até então, eram nomeados, pelo regime militar. Dois dias antes desta inauguração, visitei o Professor Orlando Gomes da Silva, Diretor do Colégio Cenecista, Nadyr Maggi e o convidei para que fossemos a Foz do Iguaçu, dar um abraço no presidente Figueiredo, como forma de agradecimento pela reabertura política no país.

 

Nos bastidores, a notícia era de que, mesmo com data marcada para acontecer, essa abertura estava ameaçada, tendo em vista que entre os generais, o que se sabia era que somente o general Figueiredo era a favor. Os demais não queriam. Consta-se que numa das reuniões entre eles, ele bateu na mesa e disse: “Essas eleições só não vão ocorrer se vocês passarem por cima do meu cadáver...”

 

Ao visitá-lo com essa proposta, a reação dele foi de espanto – “Você está ficando louco. Como assim? Você tem convite?” Eu disse a ele que não tinha convite, mas tinha como chegar ao presidente.

 

“Como é que nós vamos passar por todos aqueles generais antes de chegar ao presidente?”, questionou Orlando, diante dos olhos arregalados do nosso saudoso, Everton Garcia, presidente da CNEC local.

 

Eu disse a ele: “Espere um momento que eu vou até em casa buscar algo que será o nosso cartão de visita”. Virei as costas e sai. Em menos de 20 minutos, lá estava de volta com um quadro (30 x 60) feito a caneta, numa cartolina colada numa madeira, em forma de “Pergaminho” e envernizado. Um trabalho, muito lindo por sinal – com uma “Poesia”, agradecendo o gesto do Presidente com relação as eleições.

 

O Professor Orlando quando viu o quadro, com um sorrisão de contentamento no rosto, me perguntou: “Você tem paletó e gravata?” Vejam o poder da arte. A transformação que ela causa nas pessoas.

 

Moral da história – combinamos que iríamos com o seu carro, na sexta-feira. As 9:00 horas, lá estávamos em frente ao Hotel Bourbon, onde o presidente acabava de se hospedar, com aquela fila interminável de militares por todos os lados.

 

Me aproximei do primeiro general e disse a ele: “Eu quero entregar esse quadro ao presidente...” Sem dizer uma palavra, o general olhou e deu para ver nos seus olhos que ele se encantou com a beleza da obra. Passou para outro general e assim, o quadro foi andando e nós atrás.

 

Em questão de minutos, lá estávamos dentro do Salão oval do Hotel Bourbon, tendo ao lado o general Figueiredo e sua esposa; Costa Cavalcanti e sua esposa e o Governador do Estado na época, general Nei Amintas de Barros Braga.

 

Enquanto o Orlando conversava com o Governador, eu declamava a Poesia e entregava o quadro ao Presidente. Ele me abraçou e disse: “Meu xará, você está convidado para me visitar e passar uma semana comigo lá em Brasília. Eu vou te mostrar o que é ser presidente deste povo.” Não vou citar a sequência desse povo, para não estragar a matéria, tendo em vista o palavrão.

 

 

 

 

 

O Governador que estava ao lado, colocou a mão no meu ombro e disse – “Conversei com o Professor e sei que você está precisando. Eu vou meter a mão no meu bolso e vou colocar o que eu tiver no bolso do teu paletó. E quero que na próxima terça-feira, você vá até Furnas – e veja lá o que você pode fazer. Você já está empregado. Escolha alguma coisa que não prejudique os teus estudos”, me disse ele.

 

Nos despedimos e voltamos. O Orlando e o Everton, eu posso afirmar que estavam umas 500 vezes mais contentes do que eu. Chegando em Santa Terezinha, o Orlando deu uma cutucada: “Não vai mostrar para nós quanto foi que o Governador colocou no teu bolso?”

 

Confesso que tinha me esquecido desta parte.  Meti a mão no bolso e contei as notas – era equivalente na época a três salários mínimos. Na terça-feira seguinte, as 8:00 horas da manhã, encosta na frente da minha casa, o Professor Orlando e o Everton, todos engravatados.

 

Como eu estava, como sempre estou, muito a vontade. O Orlando exclamou: “Não está pronto ainda? Esqueceu da visita que você tem hoje em Furnas?” Eu disse a ele: “Não esqueci, ainda estou pensando a respeito...” Finalizando a história, mesmo diante das insistências do governador, até hoje estou pensando.

 

Lembrei esse fato no encerramento para as Crianças e para os Professores, para ressaltar a importância da “Arte” como meio de inclusão e integração entre os povos. Essas obras que foram expostas, por exemplo, acredito que não tem dinheiro no mundo que pague o reconhecimento, o respeito ali ressaltado pelas famílias que ali estão.

Meus agradecimentos ao Governo Municipal e a todos que de uma forma ou outra, fizeram parte desta Exposição, principalmente as Famílias envolvidas com esse tema. Agradecimentos a Floricultura Iris que colaborou com as toalhas que deram um toque especial no Espaço; A Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo e a Funerária São Miguel que nos ajudou com os cavaletes. Um agradecimento especial, a equipe da Secretaria Municipal de Educação que se envolveram e apostaram nessa proposta. 

(continua)


 

 
 

 

 

 
 
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