Por Paulo Hayashi Jr. - Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.
O diálogo fraterno é instrumento valioso para a harmonização do ser para com o mundo e para consigo mesmo. É a forma de ouvir e compreender as agruras externas e também, suas apreensões, seus medos e ansiedades. Mais do que a imposição externa, o despertar das sementes divinas da luz. Através da quebra da sonolência interna pode o indivíduo acionar as vontades pessoais de melhoria, de aproximação e comunhão com os seres superiores. Apenas com este despertar que as forças edificantes são movimentadas com vigor e reverência ao Criador. Cabe à educação desenvolver esta consciência com propriedade e segurança.
Compreender é um exercício de comunhão, de pacificação e de instrumentalização da melhora. Por meio da comunhão, há a ligação da pessoa para com Deus e também, com o irmão que necessita de apoio. Entretanto, cautela para não exercer a tirania da imposição. É preciso respeito, ainda que os conhecimentos sejam assimétricos. Com isso, há também o exercício da tolerância e da paz. É acalmar a si e acreditar nas forças divinas para que tudo ocorra bem. Muitas vezes, apenas pelo passar do deserto interior que se fortalecem as forças pessoais, bem como a fé. Há então a própria percepção das necessidades de reforma íntima e o aprimoramento pessoal. Também são valiosos os esforços da caridade, pois apenas corações afins com Deus podem se intercambiar sem maiores problemas das farpas do ego, do orgulho e da vaidade. Enfim, a compreensão faz parte do caminho de perdoar e amar a todos.