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Fake News e seus Impactos: Como um Vídeo Falso pode mobilizar uma Operação Policial e Gerar Desinformação na sociedade.
  Data/Hora: 18.mar.2025 - 8h 15 - Colunista: João Maria  
 
 
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Esse caso reforça um alerta importante: não acredite em tudo que circula na internet. Nem sempre um vídeo é prova de algo real. Questione, investigue e busque fontes confiáveis antes de compartilhar qualquer informação.  

 

Quando se trata de fake News, principalmente em período eleitorais, vale apena relembrar a preocupação do ministro Gilmar Mendes do STF, que já alertava sobre essa pandemia eletrônica, em 2018: "Isso faz parte da preocupação do TSE. Mas isso não significa que a gente vai conseguir dominar todas as inovações tecnológicas. A criatividade das pessoas é muito grande", ponderava Gilmar.

 

Num evento social nesse final de semana, um jovem de 22 anos de idade, sentado ao lado com o celular na mão, mantinha o olhar fixo numa postagem nas redes sociais, feita por uma cidadã sãomiguelense tendo como origem o vídeo que desencadeou a Operação Policial da DECOR, recentemente em São Miguel do Iguaçu, envolvendo uma mega operação com 43 agentes, quatro peritos da polícia cientifica e diversos veículos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Em seguida, ele se levantou e se aproximou de mais duas pessoas para mostrar a postagem. Como estava ao lado, mesmo sem querer, terminei ouvindo ele dizer:

“você viu, o negócio é sério mesmo. Já estão pedindo o afastamento do prefeito e dos vereadores por causa daquele vídeo que eles afirmam que é fake. Não sei não”.

 

Ele estava falando sobre a divulgação de um pedido de providências ao MP, publicado pelo blog Livre Viver, requerendo o afastamento do prefeito Mota, alegando que ele estava sobre investigação nesta Operação do DECOR. Uma fantasia, tendo em vista que o prefeito nem se quer é citado nesta investigação. E, mesmo por que, o processo corre em segredo de Justiça. Segundo Lucas Américo Magron, delegado titular desta operação, foram cumpridos 12 mandatos de apreensão (documentos, computadores e celulares). Todo o material será periciado e feito um relatório minucioso que será repassado a Justiça Eleitoral – a qual se pronunciará a respeito.  

 

Me aproximei e disse a eles que o processo a respeito desse vídeo, investigado pela Polícia Federal, corre em segredo de Justiça. “Informações extraoficiais é que a possibilidade de ser fake é de 99,9%. Pelo menos é o que se sabe até agora da própria Policia Federal”, expliquei.

 

Na sequência, peguei o celular e comecei a explicar a eles que a pessoa não precisa ser um expert em manipulação para realizar um vídeo como este. “Existem vários fatores neste vídeo, que dão pistas de que se trata de uma manipulação. No print das mensagens que foram divulgadas, como se fossem dos envolvidos citados – existe o mesmo “vício de linguagem”. Vejam que em todas as mensagens, a letra “e”, aparece com um “h” no final (eh), (vocêh). O que indica que as três mensagens foram escritas pela mesma pessoa”.

 

Quanto ao número do telefone que aparece com o mesmo número de um dos investigados – qualquer um pode fazer essa manipulação, simplesmente abrindo no seu próprio celular o perfil da pessoa e alterar o nome do contato pelo número do celular.

Automaticamente, vai aparecer ao lado a foto correspondente ao dono daquele número. Uma operação que qualquer um pode fazer.

 

Outro fato que aparece nesse vídeo é a foto usada na tela do celular do ex-vereador Marquinho, onde ele aparece com uma camisa amarela com o número 10. Essa foto com essa camisa, ele usou na campanha anterior (2020), quando fazia parte do grupo que apoiava a outra candidatura.

 

 

 

 

 

A logo do MDB, por exemplo, também não bate, tendo em vista que o vermelho que aparece, também faz parte da campanha do MDB da outra eleição (2020). “Devido a polarização que existe hoje entre esquerda e direita a nível nacional, nessa campanha nós tiramos o vermelho na logo de campanha”, explica a presidente do MDB e Secretária de Saúde, Adriana Mota.

 

 

 

 

 

 

 

 

Importante frisar que esta eleição em São Miguel do Iguaçu, foi uma das mais tranquilas de todos os tempos. Como reflexo do trabalho desenvolvido pela atual administração, o apoio, até agosto de 2024, até a divulgação deste vídeo fake, no visual e no contato com as pessoas, principalmente com as lideranças, era superior a 80%.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Na festa de Santa Rosa do Ocoi, por exemplo, realizada no mês de julho, início da campanha, entre as mais de 2000 pessoas que ali estavam, o apoio era visível em mais de 80% ao então candidato Mota e ao seu vice, Cláudio Rodrigues.

“Nunca vi em toda a minha carreira política, um prefeito querer comprar uma pedreira e ter o seu próprio britador, como se faz hoje em São Miguel do Iguaçu. Vejam quantos milhões são economizados para os cofres públicos só numa ação como esta”, nos dizia na época o líder do governo, deputado estadual Hussein Bakri.

 

Consta que, na compra dos caminhões novos para a Prefeitura, alguém disse ao prefeito: “Na compra destes cinco caminhões, pagos a vista, tem um bom desconto. Como é que eu faço para repassar essa diferença?”. De quanto é o valor? Perguntou o prefeito. Surpreso sobre o montante, o prefeito foi taxativo – “Então, aplique esse recurso na compra de mais um caminhão”, deixando claro o respeito com que trata as finanças públicas.

 

Vale salientar também, que logo quando assumiu a Prefeitura, no primeiro encontro que teve com o Promotor de Justiça, ele foi advertido. “Tome cuidado Prefeito, por que em termos de corrupção, a sua cidade até aqui, só perde para o Rio de Janeiro”. Ele estava falando da época em que Operações como esta do DECOR era uma rotina. O ex-prefeito, por exemplo, terminou os seus dias de mandato atrás das grades – e só foi liberado, na época, beneficiado pela pandemia do COVID. Ele e a sua turma, nesse último pleito, mesmo com as diferenças abissais, estavam todos juntos tentando voltar ao poder.

 

O raciocínio que se tem, é lógico. “Vamos tentar usar um crime eleitoral para tentar mudar a opinião pública”, devem pensar. Estamos no aguardo desse relatório. A motivação de fazer essa matéria, nasceu no momento em que conversei com todos os envolvidos e foram taxativos. “Esses diálogos citados nesses prints nunca existiram”, colocando seus celulares para qualquer perícia.  

 

Como o Vídeo Falso Foi Criado:

A Manipulação de Mensagens para Simular um Diálogo Real

 

A fraude não envolveu simples prints de tela, mas sim um vídeo gravado externamente para dar mais credibilidade à farsa. A estratégia foi meticulosamente planejada para simular uma conversa autêntica entre supostos envolvidos, quando, na realidade, era apenas uma encenação criada por uma única pessoa utilizando vários aparelhos celulares.

 

O passo a passo da montagem do vídeo - Preparação das conversas falsas

 

O fraudador utilizou três ou mais celulares e alterou os contatos salvos em cada um deles, substituindo os nomes reais pelos de figuras conhecidas. Em seguida, trocou as fotos dos contatos nos celulares, para que, ao abrir a conversa, aparecesse a imagem das supostas vítimas. Após essas alterações, digitou e enviou mensagens entre os celulares, criando um diálogo falso que parecia natural e legítimo.

 

Gravação da tela com um celular externo

 

Para evitar qualquer suspeita de manipulação digital, o vídeo não foi uma simples gravação de tela do próprio celular, mas sim uma filmagem feita com outro aparelho externo.

 

O celular com as conversas falsas foi colocado sobre uma mesa. Com um segundo telefone, o fraudador gravou o próprio aparelho enquanto abria e rolava a conversa manipulada, simulando que estava apenas registrando algo "real". Esse método foi escolhido para passar credibilidade, pois gravações externas dificultam a detecção de edições digitais diretas.

 

Disseminação da mentira

 

Após a gravação, o vídeo foi compartilhado nas redes sociais e aplicativos de mensagens, espalhando rapidamente a falsa narrativa. Como era uma filmagem externa de um telefone exibindo conversas de WhatsApp, muitas pessoas acreditaram na sua veracidade, sem questionar a origem ou os métodos usados na produção.

 

Os indícios da fraude

 

Embora a gravação tenha sido feita de forma a parecer legítima, algumas inconsistências começaram a levantar suspeitas:

 

Padrão idêntico de escrita em todas as mensagens, indicando que foram redigidas pela mesma pessoa.

 

Uso de fotos antigas nos contatos, sugerindo que o fraudador não tinha acesso a imagens atualizadas das supostas vítimas.

 

Repetição de erros ortográficos e vícios de linguagem, reforçando que a mesma pessoa digitou todas as mensagens.

 

A ausência de áudio ou vídeos reais dos envolvidos, um fator incomum em conversas reais comprometedoras.

 

A verdade vem à tona

 

A Polícia Federal, ao analisar o conteúdo, já apontou 99,9% de chances de que o vídeo seja falso. A manipulação foi identificada e, agora, os responsáveis podem ser investigados por crimes como falsa comunicação de crime e disseminação de fake News.

 

Esse caso reforça um alerta importante: não acredite em tudo que circula na internet. Nem sempre um vídeo é prova de algo real. Questione, investigue e busque fontes confiáveis antes de compartilhar qualquer informação.  

 

 
 

 

 

 
 
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