O lançamento é no próximo dia 18 de setembro, às 19:00hs na Biblioteca Pública de Cascavel. Com um currículo invejável, Janete é formada em letras pela Faculdade de Ciências e Letras de Palmas, Paraná e também pós graduada em pedagogia pela UFPR – Universidade Federal do Paraná.
Além de ter trabalhado como orientadora e supervisora escolar, enriquecendo sua prática pedagógica, é também bacharel em Teologia e fez faculdade de Psicanálise. Desenvolveu vários projetos, entre os quais, “Envelhecer com Dignidade”; apresentou por cinco anos o programa de rádio: Momentos de Reflexão.
Seu primeiro livro foi “O que dizem as Borboletas” que, segundo ela, tem como objetivo passar incentivo e força para as pessoas que se encontram em dificuldades. O grito no silêncio e Poetizando Sentimentos, são outros dois livros de sua autoria.
Podemos dizer que Janete, tem na alma aquela necessidade interna que impulsiona os escritores. Aquela necessidade de “expressar experiências e ideias, combinadas com a paixão pela comunicação, curiosidade constante. Um desejo contínuo de aprender, informar, entreter ou persuadir os seus leitores”.
Trajetórias, o seu novo lançamento que acontece no próximo dia 18, é um pouco de tudo isso. O livro é recheado de contos, de fácil compreensão e de muita reflexão. Curta um pequeno trecho de “BORA” SER FELIZ COM NOVAS GERAÇÕES, um dos contos que fala da nossa realidade nua e crua, tratando-se do respeito e consideração que boa parte da sociedade dispensa aos nossos idosos.
“Parece um paradoxo, mas é a pura verdade. Ninguém quer saber dos idosos, porque velhos são trapos que se usam para limpar o chão. Não precisam mais dos mais experientes, muito menos dos sábios conselhos. Tudo ficou no passado.
Conselhos não servem mais para os modernos afeiçoados às tecnologias, tudo virou descartável. Não se prima por valores. Os velhos não precisam existir, já estão sem forças, não conseguem mais produzir, se tornam um peso para a sociedade, são prejudiciais à saúde e ao bem-estar dos jovens.
Experiências? Para que servem mesmo? São babaquices daqueles que falam demais, falatórios ilusórios. São velhos mesmo, imprestáveis. Precisam ir à padaria andando, não precisam mais de carro, não enxergam mesmo! Não tem noção do perigo!
Precisam viver só, a solidão é o destino final destes velhos gagás. Certa vez ouvi de uma “amiga”, os velhos não servem para nada! Fiquei chocada, entristecida, indignada com essa futura velha imprestável, se ficará velha. Quem menospreza os de idade avançada, precisa sofrer na pele o abandono da velhice.
Eu pretendo terminar meus dias em um asilo, lá poderei fazer amizades com aqueles da minha posição. Não quero ser estorvo, preciso ser útil até morrer. Só não será possível esta vontade, porque o “olho gordo” poderá crescer em todos os lados, crescendo a disputa pelos bens materiais adquiridos durante a vida. Terão que ter paciência até chegar o meu fim!
A história começa assim...” (continua no livro)
Janete, participou também da Revista ACL – Academia Cascavelense de Letras, ocupa a cadeira 11. Pertence também ao CELEOPA – Centro de Letras do Oeste do Paraná, ocupando a cadeira 09.
Desde já os meus Parabéns Janete, por estimular, principalmente a nossa juventude a buscar incessantemente o conhecimento através de uma boa leitura.